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A DUPLA masculina de vólei de praia conquistou, na tarde de ontem, a medalha de prata nos Jogos Africanos de Congo-Brazzaville, mesmo perdendo a final com Angola, por 2-0, com os parciais de 21-18 e 21-18. A esta junta-se a medalha de bronze conseguida pela pugilista Rady Gramane, na divisão dos 75 kg.

A dupla moçambicana chegou à final depois de sábado ter vencido, nos quartos-de-final e meias, respectivamente a Tunísia e o Ruanda, por 2-1 e 2-0. No jogo de ontem, Moçambique pecou sobretudo ao defender longe da rede para bloquear os remates fortes dos angolanos. Aliás, foi esta mesma dupla angolana e que da mesma forma derrotou Moçambique na fase regular, por 2-0, com os parciais de 21-18 e 21-13.

Portanto, estávamos diante dum adversário por nós bem conhecido e do qual nos devíamos ter precavido para evitarmos novo descalabro. Entretanto, a dupla feminina terminou a competição em quinto lugar.

Dupla masculina de vólei de praia que conquistou medalha de prata em Brazzaville

EDSON MADEIRA CONSEGUE BRONZE

Edson Madeira conseguiu, na noite de ontem, a medalha de bronze no torneio de judo. Na mesma ocasião competiram, mas sem sucesso, Jassira, Néusio e Kelvin. Hoje é a vez de Marlon entrar em acção.

Edson Madeira arrebatou bronze

SELEÇÃO FEMININA DE BÁSQUETETE NA 2ª FASE

 A SELECÇÃO Nacional feminina de basquetebol transitou na tarde de ontem para a segunda fase do torneio da modalidade, ao "esmagar" o Congo por 132-27, em partida da quarta e última jornada do Grupo A.

Com este desfecho, Moçambique qualificou-se em quarto lugar na série, atrás do Mali, Nigéria e Camarões, que por sinal foram os nossos carrascos ao longo da primeira fase. É preciso reconhecer que Moçambique, neste jogo, foi superior em todos os aspectos, chegando inclusivamente à "chapa-100" ainda no decurso do terceiro período (100-16, a dois minutos do fim desta etapa).

Em nenhum momento o Congo foi equipa. Não mostrou conjunto. Cada uma jogou o que entendeu e longe de atacar as orientações do seu técnico, que mesmo humilhado em sua própria casa, não se cansava de gritar “allez, firce!", o que em português significa “vamos, força”.

Moçambique aproveitou-se desses e de tantos outros factores negativos do Congo para encher o saco ao ponto de todos presentes no pavilhão sentirem pena das caseiras. Aliás, é de referir que, neste jogo, apenas esteve uma equipa em campo, a de Moçambique, que foi de longe superior, tendo ganho em todos os períodos com os seguintes parciais: 37-4; 72-10. 111-18 e 132-27.

Portanto, só esperamos que esta vitória sirva de incentivo para a segunda fase, que se supõe venha a ser mais difícil, uma vez que Moçambique, na qualidade de quarto classificado da sua série, vai ter que enfrentar o primeiro do outro grupo, onde se destaca a sempre rival Angola.

NIGÉRIA DITA REGRAS DE JOGO

Sábado foi um dia negro para o basquetebol moçambicano e que sentiu na carne o poderio dos nigerianos. Se em femininos Moçambique poderia discutir o resultado taco-a-taco, essa possibilidade já não se colocava em masculinos, porque os nigerianos estão muito fortes e veem do “Afrobasket” com galões de campeões, depois de terem inclusivamente derrotado a poderosa Angola.

Em femininos, apesar das nossas meninas terem melhorado a sua performance em relação aos jogos anteriores, acabaram por perder, por 78-62. Já em masculinos, é preciso reconhecer que estes rapazes foram verdadeiros combatentes. Resistiram à toda pressão do adversário e discutiram o jogo em pé de igualdade, surpreendendo tudo e todos, incluindo o próprio adversário.

O primeiro período terminou com a vitória dos nigerianos, por 17-12. Aliás, ressalvar que a Nigéria esteve sempre em frente no “placard”. Mais foi no segundo período que os rapazes mostraram serviço. Apertaram o cerco e chegaram mesmo à igualdade (28-28) a um minuto do final desta etapa.

Mas os nigerianos esticaram a corda e venceram por 33-32. Nos últimos dois períodos, Moçambique foi dando o seu máximo, mas esta Nigéria é mesmo doutora galáxia. Os seus jogadores têm uma precisão invejável nos lançamentos, principalmente para além dos 6,25. E foi neste aspecto que cortaram todas as iniciativas dos moçambicanos.

O terceiro período terminou com o resultado de 62-50 e o quarto e o último com 81-64. Entretanto, em masculinos, Moçambique ainda jogou na noite de ontem, mas dada a hora tardia que terminou o encontro, só poderemos fornecer o resultado nas próximas edições.

CONVIDADA SILVIA CORRE HOJE

SÍLVIA Panguane, que chegou a Brazzaville a título de convidada, segundo foi nos informado, porque nem tem mínimos de participação nestes Jogos, vai marcar hoje a estreia de Moçambique no atletismo.

Correndo nos 100 metros barreiras, pouco se pode esperar desta atleta, porque não conseguiu sequer os tempos mínimos exigidos para este tipo de competições. Contudo, esperamos que a atleta melhore o seu perfomance nestes jogos, dada a experiência acumulada ao longo da sua carreira em provas internacionais.

TENISTAS FORA!

OS tenistas moçambicanos também não escaparam ao vírus de maus resultados que afectam toda a delegação. Maior parte foi afastada logo à entrada, incluindo a esperança Cláudia Sumaia, que foi vulgarizada na estreia por uma congolesa, por esclarecedores 2-0, com os parciais de 6-2 e 6-3.

Ilda João, que escapou na primeira eliminatória por força do sorteio, entrou na segunda e não resistiu ao poderio também da congolesa, perdendo por 2-0 (6-0 e 6-1).

Em masculinos, a história foi a mesma. Os nossos rapazes vieram dar uma volta e conhecerem Brazzaville. Jossefa Simão perdeu com um adversário do Lesotho, por 3-0, com os parciais de 2-6, 6-3 e 6-1. Ercilio Seda, por seu turno, passou da primeira eliminatória, vencendo um namibiano, por 1-6, 6-1 e 6-2, mas não resistiu, logo a seguir, diante dum nigeriano, perdendo por 2-0,com os parciais de 4-6 e 3-6.

GIL CARVALHO, em Brazzaville

Fonte:Jornal Noticias