Todos os clubes em marcha
TODOS os clubes que participarão na edição-2015 do Campeonato Nacional de futebol, Moçambola-2015, já estão a trabalhar tendo em vista a sua presença na maior e mais importante competição futebolística nacional.
Ao todo são 14 clubes que participarão nesta competição, a saber: Liga Desportiva, por sinal campeã em título; Ferroviário de Nampula (vice), Ferroviário da Beira, Desportivo de Maputo, HCB, Maxaquene, Chibuto, Costa do Sol, Desportivo de Nacala, Ferroviário de Quelimane, Ferroviário de Maputo, Ferroviário de Nacala, 1.º Maio de Quelimane e ENH de Inhambane, estes três últimos recém-promovidos.
São estas formações que irão lutar pelo título e pela manutenção na prova máxima do nosso futebol, que a cada ano tende a ser mais emotiva.
O Ferroviário da Beira foi o primeiro a abrir as “oficinas”, tendo-se apresentado aos sócios e simpatizantes a 7 do mês em curso. Depois disso começou a trabalhar em Chiveve e, a seguir, rumou à África do Sul, onde se encontra até hoje, em estágio pré-competitivo.
Há razões para a abertura madrugadora das “oficinas” do clube de Chiveve. Os “locomotivas” participam nas Afrotaças nos meados do próximo mês e no dia 8 de Fevereiro disputam a Supertaça com a Liga Desportiva, no Estádio da Machava.
Os beirenses mantiveram quase toda a equipa do ano passado e fizeram poucas contratações para a nova época, o que confere maior coesão do grupo.
O segundo a abrir as oficinas foi a Liga Desportiva, campeã nacional. Tudo aconteceu no dia 9. Há muitas caras novas no seio dos “muçulmanos”, entre nacionais e estrangeiros, onde se destacam um argentino e um paraguaio. Salienta-se ainda o regresso de Litos ao comando técnico.
Os motivos da abertura prematura são os mesmos que os do Ferroviário da Beira: Supertaça e Afrotaças.
O terceiro foi o Maxaquene, a 12 deste mês. Os “tricolores”, que voltaram a confiar em Chiquinho Conde, estão a iniciar os trabalhos. Cerca de 30 jogadores tentam a sua sorte no plantel. Alguns fizeram parte da equipa no ano passado e outros são novatos e regressados. A palavra de ordem é lutar pelo título.
O recém-promovido ENH de Inhambane foi quem se seguiu, tendo voltado a apostar em Eurico da Conceição como técnico, para além de ter contratado muitos dispensados do Maxaquene e outras equipas da capital do país.
A equipa-base do ano passado não sofreu muitas alterações pelo que o representante de Inhambane terá algo a dizer no Moçambola.
Neste momento, os “hidrocarbonetos” estão de viagem para a África do Sul depois de terem estado em Maputo, por cinco dias, onde fizeram alguns jogos de controlo com o Desportivo e Maxaquene, no fim-de-semana.
Seguiu-se o Ferroviário de Nampula, no dia 14. Também há muitas caras novas à disposição do português Rogério Gonçalves. A palavra de ordem é, no mínimo, conservar o segundo lugar, sendo que o título é prioritário.
O seu homónimo de Nacala, que ascendeu este ano para a prova-mor do futebol nacional, foi o seguinte. O seu técnico é o jovem Sérgio Faife, talvez a maior estrela da equipa e, acima de tudo, o grande reforço. Não foi por acaso que foi recebido como herói na cidade portuária, tendo confessado que nunca tinha imaginado uma recepção idêntica na sua vida.
Com toda a razão, Faife teve uma recepção calorosa, milhares de adeptos encheram as bancadas do campo do Ferroviário de Nacala, depois de o terem esperado por longas horas no aeroporto, para o receber, num gesto que fica indelevelmente marcado na memória de qualquer que seja.
Garantir a manutenção o mais cedo possível é o que a direcção “locomotiva” pede ao antigo internacional moçambicano.
Pouco antes, o Ferroviário e o 1.º Maio, ambos de Quelimane, haviam começado com os trabalhos. O 1.º Maio tem como técnico Zulu, muito conhecido nas bandas de Quelimane, e promete não descer de divisão. Sem muitos recursos humanos (jogadores) e muito menos financeiros, esta formação acredita que o trabalho supera todo tipo de dificuldades.
No segundo ano consecutivo no Moçambola, o Ferroviário de Quelimane continua com Nacir Armando e promete ter a permanência garantida muito mais cedo que no ano passado que teve de ir até as últimas consequências.
O Costa do Sol e o Desportivo de Maputo começaram a trabalhar na segunda-feira da semana passada. Ambos têm muitas caras novas, com alguns regressados à mistura, sobretudo, nos “alvi-negros”.
As duas colectividades elegem o título como alvo para 2015. O Costa do Sol não vence desde 2007 e o Desportivo desde 2006. O facto curioso é que ambos fizeram a “dobradinha” no último ano em que conseguiram ganhar o Moçambola.
A HCB abriu as “oficinas” na terça-feira, com a equipa a ser comandada pelo conhecido e mediático treinador Artur Semedo. Os “hidroeléctricos” querem o título, mas sabem que não será fácil. No mercado contrataram alguns jogadores interessantes, mas perderam muitas das suas pedras basilares para outros clubes.
No lote dos grandes, o último a se mostrar publicamente foi o Ferroviário de Maputo. Com muitos reforços, doze ao todo, os “locomotivas” querem fazer do Moçambola-2015 uma vingança da edição passada no qual só conseguiram a manutenção por um triz.
Tudo aconteceu na manhã da última terça-feira, e confirmou-se a continuidade de Vítor Pontes como técnico, não obstante o fracasso de 2014. No seio dos “locomotivas” só se fala do título.
O Desportivo de Nacala foi o último a abrir as “oficinas”, tendo o feito na quarta-feira, com a equipa sob o comando de Arnaldo Ouana. O antigo ponta-de-lança tem a missão de, no mínimo, repetir a classificação conseguida no ano passado sob as ordens do contestado Akil Marcelino.
Aliás, Arnaldo Ouana não terá outra saída perante os exigentes adeptos dos “canarinhos” de Nacala que não toleram maus resultados.
Fonte:Jornal Noticias