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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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STOP VIOLÊNCIA!

 

A DIRECÇÃO da Liga Moçambicana de Futebol (FMF), os clubes e os jornalistas apelaram, quarta-feira, para o fim da violência no Moçambola.

 

Num encontro havido na sede da Federação Moçambicana de Futebol, que serviu para avaliar a primeira volta do Moçambola, todos os presentes foram unânimes em afirmar que a violência nos campos onde se realizam os jogos da maior prova futebolística do país deve cessar imediatamente, sob o risco de os patrocinadores abandonarem o barco.

 

A cidade de Nacala foi citada como polo de convergência da violência. Aliás, os presentes acusaram os adeptos dos representantes daquela cidade portuária como os fomentadores de actos menos dignos na prova, principalmente os do Ferroviário, cuja equipa chegou a jogar à porta fechada em consequência de medidas administrativas a que foi sujeita por parte da LMF. O exemplo mais recente é que o jogo entre os Ferroviários de Nampula e de Nacala, do último fim-de-semana, terminou a “tiros” devido ao comportamento “selvagem” dos adeptos nacalenses, que atiram objectos contundentes para as quatro linhas.

 

Independentemente das razões que possam estar por detrás dessa atitude, os presentes na reunião entendem que actos desta natureza não se devem repetir nos nossos campos.

 

A questão da calendarização das várias provas futebolísticas do país foi, por diversas vezes, chamada à discussão. Nota-se que os representantes dos clubes não comunicam as decisões saídas das assembleias-gerais da Liga Moçambicana de Futebol, ou não fazem chegar os comunicados desta instituição aos seus treinadores, razão pela qual estes queixam-se constantemente dos jogos marcados para o meio de semana para justificarem os seus fracassos.

 

A direcção da Liga Moçambicana de Futebol “sacudiu o capote”, afirmando que os clubes têm informação de como a época está programada. O facto de o Ferroviário de Nampula ter sido afastado da Taça de Moçambique, por falta de comparência, é exemplo da falta de comunicação entre a cadeia que superintende o futebol na província.

 

Ananias Couane foi peremptório em afirmar que os regulamentos são para serem cumpridos. Do mesmo jeito que a CAF, por exemplo, exige que os representantes dos países às competições sob a sua égide sejam entregues até a uma determinada data, a federação, as associações e os clubes têm de fazer a sua parte para que estes sejam apurados a tempo e horas.

 

A qualidade dos campos também foi colocada à mesa de discussão. Alguns clubes entendem que a Liga Moçambicana de Futebol tem de ser mais rigorosa na vistoria dos recintos que acolhem o Moçambola. Na sua óptica, os dirigentes deviam não só inspecionar o rectângulo de jogos, mas toda a infra-estrutura, com incidência para os balneários, já que alguns clubes são acusados de colocar objectos estranhos nos locais onde os seus adversários se equipam como forma de os afectar psicologicamente.

 

Os clubes, em algum momento, reclamam a falta de transparência dos delegados da Liga Moçambicana de Futebol aos jogos. Para eles, os delegados não têm sido transparentes na elaboração dos seus relatórios e são acusados de, muitas vezes, ocultarem, nos seus relatórios, casos cadentes do jogo, como, por exemplo, as actuações menos conseguidas dos árbitros.

 

Na ocasião, a Liga Moçambicana de Futebol apelou aos clubes para se licenciarem, sob o risco de serem banidos do futebol, uma vez que o prazo para o efeito termina este mês.

 

Alguns jornalistas, por sua vez, queixam-se do facto de os delegados dos clubes não facultarem as constituições a tempo e horas, com agravante de alguns deles as entregarem manuscritos o que dificulta a leitura.

 

Mais do que isso, os “escribas” apelam para que os clubes apresentem equipamentos com números visíveis para facilitar o seu trabalho.

 

 

Fonte:Jornal Noticias