Região harmoniza sistemas de formação
AGENTES desportivos da região austral de África, actualmente denominada Zona V, participam desde ontem num encontro visando a harmonização dos sistemas de formação para permitir que os técnicos dos seus países possam trabalhar em conformidade.
O evento, que é rotativo, é promovido pelo Conselho do Desporto da União Africana (Região V), e tem igualmente como finalidade a acreditação dos agentes desportivos da zona com vista à sua internacionalização. A harmonização dos sistemas de formação e acreditação dos agentes desportivos da região vai abrir espaço para que os técnicos de cada país possam trabalhar livremente na zona. Ou seja, os técnicos moçambicanos poderão trabalhar, por exemplo, na vizinha África do Sul e vice-versa.
Entretanto, o objectivo é sistematizar os conceitos, definir o que é que deve ser dado nos diferentes níveis e como se deve fazer. Após esta fase, far-se-á o trabalho ao nível das respectivas confederações. Portanto, trata-se de uma reunião de coordenação dos sistemas de formação de agentes desportivos ao nível da zona austral.
A vice-ministra da Juventude e Desportos, Ana Flávia Azinheira, falando na abertura do encontro, destacou que a realização do evento no solo pátrio reflecte o cometimento de Moçambique na formação de agentes desportivos, deixando claro o desafio que o país tem, visando a criação de um centro de treinamento e de capacitação de agentes desportivos nas diversas vertentes do desporto nacional, tendo como finalidade o fortalecimento do desporto nacional.
Anotou que num mundo cada vez mais globalizado onde a actividade desportiva é cada mais exigente e a demanda pela prática do desporto é cada vez maior a formação de agentes desportivos é crucial para, além de elevar o nível competitivo, proporcionar a melhor vida dos cidadãos.
Frisou que o Governo tem, para além da função de promover a formação e a capacitação dos técnicos e dirigentes desportivos, a obrigação de estabelecer o dever das federações desportivas nacionais de colaborar com o Estado na prossecução da actividade formativa.
“Um dos nossos grandes desafios é a internacionalização dos agentes desportivos, nomeadamente árbitros, juízes e cronometristas, e a sua inserção nos organismos desportivos internacionais. Neste aspecto, há que enaltecer os esforços que têm sido desenvolvidos por algumas federações desportivas nacionais, como por exemplo a arbitragem no voleibol, o treinamento no basquetebol, atletismo e futebol, modalidades que têm dado espaços seguros para atingir essa internacionalização”, elucidou
Disse, adiante, que o Estado tem desempenhado o seu papel na formação dos agentes desportivos, garantindo apoio. Para o efeito, da verba alocada pelo Governo às federações desportivas nacionais, através do Fundo de Promoção Desportiva, 15 porcento deverá obrigatoriamente ser direcionado para a formação dos seus agentes desportivos.
Reiterou que o compromisso do Governo em apoiar as acções de formação e agentes desportivos é fulcral para o fortalecimento do movimento associativo desportivo e para o aumento da qualidade e do nível competitivo das provas organizadas internamente.
“Para tanto, apoiamos, entre outras linhas de acção, a institucionalização do sistema de formação e creditação dos agentes desportivos, às instituições desportivas na formação de agentes em todos os subsistemas do desporto nacional e a promoção de acções de investigação e pesquisa sobre fenómenos desportivos. É respeitando os instrumentos orientadores existentes que o Governo confere a formação como uma das vias incontornáveis para a massificação, profissionalização e aumento de qualidade ao nível competitivo do desporto moçambicano”, sublinhou.
Fonte:Jornal Noticias