Quem virá depois que Dominguez “sucumbir” com o tempo?
Há quinze anos que Moçambique testemunhava o surgimento, na sua arena futebolística, de um craque que aos olhos dos “filósofos da bola” da época não duvidaram que este seria o sucessor natural da geração das outras antigas vedetas que marcaram a época do futebol moderno nacional, tais como Chiquinho, Tico-Tico, Dário, não excluindo, naturalmente, os revolucionários do futebol moçambicano dos anos 80 e meados da década 90.
Elias Gaspar Pelembe, que o futebol baptizou-o por Dominguez, é um nome de consenso quando é para destacar o melhor jogador moçambicano da última década. Aliás, põe-se de fora de discussão que, nesta última década, o capitão dos Mambas trouxe o melhor de si, resultado de um par de excelência futebolística sem precedentes. Dominguez fez-se no Bebec, nasceu com o talento, mas desenvolveu-a no treinamento, graças ao trabalho árduo e da orientação dos treinadores com quem trabalhou nesta quase década de actividade profissional, conseguindo lapidar acervo de habilidades (perceptíveis--técnicas-motoras-mentais) para depois colocar em práticao seu futebol.
De pés franzinos a acompanhar a estrutura física do seu corpo magriço e de estatura média, aos 34 anos já não é o mesmo quando esteve no seu momento auge.
O tempo parece correr em seu desfavor, mesmo tendo admitido recentemente, numa entrevista na imprensa sul-africana, que a idade são números, que ainda tem forças para mais uns anitos no futebol. Apesar de temer a retirada, um ano o futebol moçambicano não terá mais o seu menino-maravilha e a questão é saber quem virá ocupar a coroa depois que o seu tempo acabar.
Gilberto Guibunda
Fonte:Desafio