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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Prazo dado aos clubes pela FMF expirou há 20 dias

Ferroviario

 

A Federação Moçambicana de Futebol (FMF) deu dez dias aos clubes melhor posicionados no Moçambola 2017 para exporem a sua disponibilidade em participar nas competições africanas de 2018/2019, que iniciam em Dezembro próximo. Mas até agora, nem água vai e nem água vem.

 

Ao todo foram já 20 dias passados desde o encontro entre a FMF e os clubes que militam no Moçambola, para que se encontre uma saída para a escolha das equipas nacionais que vão disputar a época transitória das competições africanas, nomeadamente a Liga dos Campeões e a Taça da Confederação, também conhecida como Taça CAF.

 

Porque o tempo urge para que os clubes nacionais se inscrevam, num ano em que pela primeira vez pode enviar quatro representantes, a FMF propôs aos clubes que os quatro melhores posicionados da época passada, nomeadamente a União Desportiva de Songo, campeão nacional, o Costa do Sol, vice-campeão nacional, os Ferroviários de Nacala e da Beira, terceiro e quarto classificados, fossem os representantes, tendo em conta que até ao prazo limite de inscrição das equipas junto à CAF, não terão terminado ainda as competições internas.

 

Porque no dia do encontro nenhuma das equipas propostas deu o seu “sim” à proposta da FMF, estas foram dadas dez dias para pensar e dar uma resposta, bem como às outras equipas para pensarem numa melhor proposta viável, em caso de não haver disponibilidades das equipas referenciadas.

 

O facto é que os dez dias passaram, mais dez dias após o término do prazo também passaram, sem que houvesse um pronunciamento público dos clubes visados. Ou seja, 20 dias passaram, e nem um “tossir” dos clubes.

 

Este silêncio acabou sendo motivo de debate no programa “Ao Ataque”, que vai ao ar todas as segundas-feiras, nos canais televisivos da Soico, nomeadamente a Stv e Stv Notícias.

 

Os comentadores do programa, nomeadamente Palma Pinto, Samuel Maibasse, Alexandre Zandamela e João Figueiredo, consideram que os clubes foram encontrados de surpresa para darem resposta da sua participação na edição 2018/2019 das Afrotaças, uma vez que a notícia caiu quase que “de paraquedas”. Os mesmos dizem que os clubes tiveram pouco tempo para pensar, tendo em conta vários factores em causa, nomeadamente a crise financeira e a competitividade do nosso campeonato nacional. Ou seja, numa altura em que o país vive mergulhada numa crise financeira (ainda) sem precedentes e, por via disso, as empresas patrocinadoras também se ressentirem da mesma crise, tendo em conta os elevados custos que acarreta uma participação nas competições africanas, nomeadamente por causa das viagens, alojamentos e despesas de inscrição, era necessário dar-se tempo para os clubes poderem sentar com os seus parceiros financeiros de modo a encontrar melhores soluções.

 

Outro factor pende-se com a questão competitividade. Isto é, a competição africana inicia em Dezembro deste ano e vai até Maio de 2019. Na altura em que vai iniciar a competição africana, os clubes moçambicanos estarão em período de defeso, já que o Moçambola 2018 só termina em Outubro e a final da Taça de Moçambique está prevista para Novembro. Aqui entra também a questão financeira, uma vez que os quatro clubes teriam que manter as suas equipas em movimento, privando os jogadores do seu descanso e procurando rodar, de modo a iniciar a competição com alguma rodagem. Haveria necessidade de contratar mais jogadores e procurar jogos amigáveis para dar ritmo à equipa. A questão que se levanta tem que ver com a melhor forma possível das equipas moçambicanas nessa competição.

 

 

Fonte:Opais