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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Papa desvia basquetebol da catedral para pavilhão UEM

 

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A fase regular e as meias-finais da Liga Moçambicana de Basquetebol Mozal 2018-2019 serão disputadas no pavilhão da Universidade Eduardo Mondlane, devido a indisponibilidade do  “Maxaquene” até o dia 6 de Setembro, data  que se realiza o encontro entre o Papa Francisco e a juventude moçambicana.


APENAS FINAL NA CATEDRAL

É o recinto (pavilhão do Maxaquene) que testemunhou momentos áureos do basquetebol moçambicano. Estremeceu com gritos estrondosos de ovação à glória e consagração de equipas nacionais em competições africanas, assim como o reluzir de grandes nomes da modalidade da bola ao cesto em provas locais.

Por isso, a apropriação da designação “catedral do basquetebol” e preferência primeira para acolher provas de grande envergadura, incluindo a Liga Moçambicana de Basquetebol Mozal.

A catedral está, neste momento, a beneficiar de obras de melhoramento não propriamente para receber os habituais fiéis (basquetebolistas) mas sim jovens crentes de quase todo país que se vão reunir a 5 de Setembro com Sumo Pontífice.
A realização da reunião entre o Papa Francisco e a juventude, devido a questões de segurança, faz com que o mesmo esteja interdito para outras actividades até o dia 5 de Setembro.

Como alternativa, a Liga Moçambicana de Basquetebol Mozal marcou os jogos da fase regular das meias-finais, de…., para o pavilhão da Universidade Eduardo Mondlane. Uma decisão forçada e que não estava nas contas da organização, até porque as dimensões do pavilhão da UEM são reduzidas (pode acolher cerca de 1200/1300 pessoas) quando comparado ao do Maxaquene (onde podem entrar 4000).

A Liga Moçambicana de Basquetebol Mozal coincide, parte dela, com a visita do Papa Francisco a Moçambique e teremos de mudar de pavilhão. Vamos para o pavilhão da Universidade Eduardo Mondlane, onde será realizada a fase regular e as meias-finais”, começou por explicar o presidente da Liga Moçambicana de Basquetebol, António Madeira.

Porque somente este ano voltou a acolher jogos de basquetebol, precisamente da Engen Maputo Basket, o pavilhão da Universidade Eduardo Mondlane há muito deixou de estar na rotina dos amantes da modalidade da bola ao cesto no país. Acresce-se, aqui, o facto de a sua iluminação não ser das melhores para além que o piso deve ser melhorado.

Começaram, esta semana, as obras de melhoramento do pavilhão da Académica, principalmente, a parte da iluminação e o piso. No piso, ainda não sabemos se iremos refazê-lo todo ou se as reparações que estão a ser feitas neste momento serão suficientes. Na verdade, uma intervenção mais profunda em todo o piso significa um investimento e a Liga Moçambicana de Basquetebol, sozinha, não tem esta capacidade”, observou Madeira.

E acrescentou, sobre a capacidade do público. “O Pavilhão da Académica não é um recinto que acolhe muito público. Em termos de capacidade, estamos falar de um pavilhão que pode acolher 1200/1300 pessoas. E, conhecendo o nosso público, nós não iremos conseguir satisfazer a todos. Mas também temos o problema de poucas pessoas conhecerem, até porque se tem realizado poucos jogos de basquetebol naquele recinto”, lamentou.

Mas nem por isso deixa de acreditar que, com um trabalho aturado de divulgação do recinto de disputa da fase regular e meias-finais, o público possa marcar presença em peso para ver evoluir as oito melhores equipas do país.

Há um trabalho de divulgação que tem que começar. Penso que a partir deste fim-de-semana e, no início da próxima semana, iremos fazer a divulgação de informação para que as pessoas conheçam esta realidade”.

Uma coisa é certa: o pavilhão da UEM tem que estar em condições para se salvaguardar o espectáculo e os próprios artistas.

Estamos a trabalhar nisso e vamos ver. A única coisa que temos a certeza é que aquele campo tem que estar em condições para acolher jogos com a qualidade que pretendemos”, notou.

FINAL NA CATEDRAL…


Porque os “play-offs” da final, a melhor de cinco jogos, iniciam a 7 de Setembro, portanto, dois dias depois da reunião do Papa Francisco com os jovens moçambicanos, há condições para que a decisão do campeão nacional seja no pavilhão do Maxaquene.
“A final, em termos de datas, será depois da visita do Papa e com certeza que se vai disputar no pavilhão do Maxaquene. Serão quatro jogos por dia, sendo que os mesmos iniciam às 14h00

A Liga Moçambicana de Basquetebol Mozal disputa-se de 20 de Agosto a 13 de Setembro, sendo que contará com a participação do Ferroviário de Maputo (campeão nacional), Ferroviário da Beira (vice-campeão), A Politécnica (terceira classificada), Costa do Sol (quarto classificado), Desportivo Maputo (quinto classificado), Universidade Pedagógica (representante da zona sul), Instituto Superior Politécnico de Tete (vencedor da “poule” de apuramento da zona centro) e Ferroviário de Nampula (representante da zona centro).

 “Nós temos tudo preparado para arrancar dia 20. Todas as condições logísticas quer em termos de transporte quer em termos de alojamento já estão criadas”, assegurou.

Vencedor espreita Africa Basketball League (ABL)

O vencedor da prova irá disputar, em princípio, em Novembro, as eliminatórias para a Africa League Basketball - Liga Africana de Basquetebol-, prova a ser organizada conjuntamente entre a NBA e a FIBA e que contará com uma grelha de 12 equipas na fase de grupos. O investimento da NBA é de 50 milhões de dólares norte-americanos na primeira edição. Ganha, por isso, maior interesse a Liga Moçambicana de Basquetebol.

Primeiro, há uma coisa que tem que ficar esclarecida. Não são duas equipas que se qualificam. É uma equipa que se vai apurar”, clarificou.

Madeira regozijou-se com o nível de organização da “poule” de apuramento da zona norte, onde o Ferroviário de Nampula foi o grande vencedor.

Neste momento, o exemplo veio de Nampula em minha opinião dada a capacidade organizativa da zona norte e da própria Associação Provincial de basquetebol demostrou que o basquetebol não é só competição mas também alegria, festa e envolvimento de todos”, parabenizou.

O presidente da Liga Moçambicana de Basquetebol Mozal não deixou de falar do nível de evolução da prova, tendo destacado o facto de a modalidade estar a ser disputada em quase todo o país. “Se falarmos em termos de competitividade e adesão à Liga, posso dizer que apenas três provinciais não aderiram a prova: Zambézia, que desistiu a última hora, Niassa e Inhambane. Isso quer dizer que há muito mais locais, cidades ou províncias a jogar basquetebol do que havia ano passado. O facto de haver mudanças nos apurados, em qualquer uma das zonas, demostra que o figurino tem estado a mudar. Não é taxativo que a gente diga que na zona sul vai equipa X e na zona centro irá a formação Z”.

Sobre os incidentes em Tete


A “poule” de apuramento da zona centro a Liga Moçambicana de Basquetebol Mozal ficou manchada com os incidentes registados no jogo Vaz Team vs Instituto Superior Politécnico Universitário de Tete, com os jogadores das duas equipas a trocarem mimos. Este episódio não escapou ao presidente da Liga Moçambicana de Basquetebol.

O que faltou, em Tete, provavelmente tenha sido a falta de experiência dos árbitros porque, naquela situação, os jogadores deviam ter sido expulsos e não foram. Foi um erro, mas os jogadores foram devidamente penalizados porque não fizeram o jogo seguinte. Para os jogos, digamos muito competitivos, é necessário que tenhamos alguns critérios e sejamos sérios de alguma para que este tipo de incidentes não voltem a acontecer. Aconteceu, é um facto, e não podemos branquear. Acho que também serve de lição para nós”, reconheceu.


Equipas qualificadas:


Ferroviário de Maputo
Ferroviário da Beira
A Politécnica
Costa do Sol
Desportivo Maputo
Universidade Pedagógica
ISPT
Ferroviário de Nampula

 

Fonte:Opais