Os céus do Kilamba pintaram-se de cinzento para as locomotivas!
A equipa sénior feminina do Ferroviário de Maputo perdeu ontem, na final da XXIIIª edição da Taça de Clubes Campeões de África em basquetebol, por 65-51, frente ao 1º de Agosto. As locomotivas da capital, medalhas de prata, tal como aconteceu no ano passado, em Maputo, falharam, assim, o objectivo da conquista do seu primeiro título africano. A final realizou-se na Arena do Kilamba, em Luanda.
Fer. Maputo – D’Agosto:
8 – 12;
23 – 32
31 – 47
65 – 51
Há a velha máxima de que os sonhos só são alcançáveis se nos erguermos após cada queda. A persistência é o segredo, o trabalho, o caminho e a concretização dos sonhos a recompensa. Não foi desta para o Ferroviário de Maputo, mas pode ser já no próximo ano.
Onze anos depois, Ferroviário de Maputo e 1º de Agosto voltaram a se cruzar numa final da Taça de Clubes Campeões em basquetebol sénior feminino. Em 2005, no país de Omar Bongo, em Lebreville (Gabão), as locomotivas de Carlos Aik vergaram diante das militares por 79-84. Rute Muianga, ainda no activo e a defender o escudo locomotiva da capital, é a única sobrevivente deste episódio de má memória para o Ferroviário.
No quadro de registos e para a equipa adstrita às Forças Armadas Angolanas, esta era a quarta final frente a equipas moçambicanas, num percurso iniciado em 2001, em Abidjan, Costa do Marfim, onde perderam para a Académica de Maputo, por uma diferença de quatro pontos, ou seja, 64-60. Na 13ª edição desta competição, realizada precisamente em Luanda, o 1º de Agosto, jogando em casa, não aguentou com o poderio do Desportivo de Maputo, tendo caído aos pés das alvi-negras, por 64-47.
Se o Ferroviário, nesta sua quarta participação em provas continentais, veio a Luanda à procura de cravar o seu nome na história das campeãs neste evento africano, com a busca do primeiro troféu, o 1ºde Agosto, nesta 23ª edição perseguia o seu terceiro, na sua 10ª participação nas competições africanas de clubes. Venceram as angolanas e os céus da Arena de Kilamba pintaram-se de cinzento para as locomotivas, que, mais uma vez, diante das angolanas, ficaram com a prata.
Texto de Gilberto Guibunda
Fonte:Desafio