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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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O nosso objectivo é chegar aos “quartos”

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É JÁ no dia 20 de Junho que a Selecção Nacional de Hóquei em patins fará a sua estreia no Campeonato do Mundo do Grupo “A”, defrontando a Inglaterra na primeira jornada do Grupo “B”.

 

Moçambique parte para a 42.ª edição da competição como uma das selecções a ter em conta, depois do quarto e sétimo lugares conquistados em San Juan 2011 e Luanda 2013. Sem querer colocar a fasquia acima disso, o seleccionador Pedro Nunes prefere ser mais resguardado e traçar como objectivo principal chegar aos quartos-de-final.

 

Passar à fase de grupos é para já o principal objectivo. Depois é preciso estar atento aos cruzamentos. Se ficarmos em segundo, jogaremos com a Espanha e será muito difícil passar à fase seguinte e consequentemente ficar nos quatro primeiros lugares”, sublinhou, ajuntando que não se sente pressionado a igualar o feito de San Juan, “Não estou pressionado, para além daquilo que é o prazer e o gosto que tenho pelo meu trabalho”, afirmou.

 

Fazendo uma comparação da selecção de 2011 e deste ano em termos competitivos e qualitativos, disse: “Há uma melhoria visível. Nota-se uma evolução desde 2011 a esta parte. Agora é bom não esquecer que estamos todos quatro anos mais velhos e isso tem algum peso. De qualquer das maneiras temos mais experiência, estamos mais identificados com as exigências de um Campeonato do Mundo e muito provavelmente com os adversários que nos calharam em sorte na fase de grupos”. 

 

Falando sobre o decurso dos treinos disse que tem focalizado a sua atenção nos aspectos tácticos.

 

Estamos a realizar treinos de definição dos processos de jogo e a tendência é irmos aumentando de intensidade. Penso que se nos preparamos bem podemos estar ainda mais fortes. Em 2011 fomos a surpresa no Mundial. Em 2013 fizemos aquilo que era expectável. É evidente que sempre ficamos com a sensação que poderíamos ter feito mais. Mas acho que foi um bom desempenho, até porque é preciso reconhecer que existem outras selecções que evoluíram, casos da França, Suíça e Alemanha”, considerou, acrescentando que este trio tem trabalhado muito bem nos últimos anos. “São selecções que merecem da nossa parte toda atenção e todo o respeito”.

 

Questionado sobre se há alguma pressão por ter levado Moçambique ao quarto lugar, respondeu: “Em 2011 fizemos um excelente Mundial superando todas as expectativas, mas também fiz questão nessa altura de dizer que para se repetir esse lugar teríamos que durante os dois anos mediavam até ao Mundial 2013, muita coisa tinha que mudar no hóquei em Moçambique. Tem havido um esforço grande da federação, nomeadamente do presidente, Nicolau Manjate, mas ainda se compete pouco. Há poucas pistas onde se pode jogar hóquei, no entanto, como referi, tem-se feito um bom trabalho a nível da base”, salientou.

 

Reagindo ao facto de ter Argentina, uma das candidatas ao título, como adversário, Pedro Nunes disse que já era esperado. “Nós sabíamos que sempre teríamos que apanhar as quatro melhores selecções do anterior Mundial. Calhou-nos a Argentina. Para mim é uma das três candidatas ao título. É uma equipa recheada de bons jogadores, a candidata número um a vencer o grupo. Eu já me daria por satisfeito por ganhar os primeiros dois jogos (Inglaterra e Suíça) e jogar com Argentina sem qualquer tipo de pressão”, defendeu.

 

Quando jogar com Argentina, Pedro Nunes irá reencontrar-se com dois jogadores seus na final, nomeadamente Carlos Lopés e Nicollia. Sobre a receita para anulá-los, o “mister” considera que será difícil. “São jogadores muito difíceis de anular. Podemos controlá-los em alguns momentos do jogo. Quando chegar a altura falarei com os meus jogadores, mas certamente não conseguirei dar todo o reportório no concernente às qualidades destes dois jogadores. Se calhar vou precisar de seis jogadores para os anular”, arrematou.

 

Em relação a Carlos Silva, reforço para a baliza nacional, disse ser uma mais-valia. “Toda a gente conhece as qualidades de Carlos. Toda a gente sabe que o guarda-redes no hóquei é 50 por cento da equipa. Penso que Moçambique estará muito bem servido, como esteve bem servido nos dois Mundiais com o Igor Alves. O Igor deixou de jogar. Esteve praticamente uma época parado e se jogasse teria que cumprir um jogo de castigo. Encontramos esta solução e eu estou muito satisfeito por isso. Acredito que o Carlos pode fazer um bom Mundial”.

 

Fonte:Jornal Noticias