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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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NIASSA PODE SAIR DO MOÇAMBOLA

 

O DESPORTIVO do Niassa poderá ter efectuado, domingo passado, diante do 1.º de Maio de Quelimane, o seu último jogo no Moçambola.

 

A posição tomada pelo chefe do Departamento de Futebol da turma do Niassa, Saúde André, faz antever um cenário de desistência, que poderá ser anunciado nos próximos dias, caso se mantenha o atraso de pagamento de salário dos jogadores, que, de acordo com o dirigente, já vai em seis meses.

 

Os jogadores estão há seis meses sem receber. Alguns já foram despejados das casas onde viviam, outros viram os seus casamentos acabados e há pelo menos 13 que ficaram na cidade de Maputo e ainda não voltaram. O facto é que estas e outras situações levaram a que os jogadores informassem à direcção que o jogo com o 1.º de Maio de Quelimane seria o último caso não se resolvesse na totalidade, ou pelo menos uma parte, dos salários em atraso”, contou Saúde André, muito agastado com esta situação, acrescentado que ele mesmo acolheu num complexo que é sua propriedade alguns jogadores que ali passaram a viver.

 

O chefe do Departamento de Futebol afirma que a situação é deverás lamentável e preocupante, visto que a direcção já não tem como convencer os jogadores a manterem a esperança de que os salários serão pagos.

 

São apenas promessas atrás de promessas e nada se resolve. A situação já se arrasta há muito tempo e neste momento é quase impossível gerir. No jogo que nos foi averbada uma falta de comparência diante do Ferroviário de Maputo, recusaram jogar porque não tinham almoçado e nem estagiado. Eu tentei falar com eles e por pouco fui agredido. Senti que os jogadores estão desesperados e não havia como pedir para que jogassem. De lá para cá nada mudou. Foi prometido um apoio por um patrocinador que ninguém conhece, mas até aqui ainda não foi dito nada. Os jogadores começam a perceber que não haverá apoio. Trata-se de uma estratégia para eles “arrastarem” o campeonato até ao fim e evitar-se uma grande “mancha” na prova. Mas a verdade é que estes jogadores são verdadeiros heróis, pois já jogaram sem almoçar e às vezes, por estarem esfomeados, já foram obrigados no intervalo dos jogos a irem ao autocarro para comerem”, comentou.

 

O dirigente refere que face a actual situação, a equipa está debilitada e neste momento apenas 16 jogadores estão a treinar. “Neste momento o nosso plantel está reduzido. Como disse, há 13 jogadores que são da cidade de Maputo e que decidiram ficar em suas casas quando a equipa escalou a capital do país numa das viagens que fizemos. Mas é possível que eles voltem a Niassa, mas tudo depende da resolução dos seus problemas financeiros”, arrematou.

 

 

Fonte:Jornal Noticias