Nacionais conformam-se perante a “elite” africana
A SELECÇÃO Nacional de natação esteve mais uma vez longe de fazer a diferença, ontem, terceiro dia de competições inseridas no Campeonato Africano da modalidade, que decorre em Bloemfontein, em Free State, na vizinha África do Sul.
Aliás, os prognósticos avançados já davam, por si, conta que seria mais um dia para cumprir com o calendário, visto que os tempos apresentados pelos nadadores nacionais estão muito longe das marcas dos melhores atletas que desfilam neste evento que junta perto de 150 atletas de 19 países do continente.
Enquanto Layla Taquidir e Sumeia Damão entravam na final directa dos 400 metros livres, em virtude da insuficiência de inscrições (8) nesta prova, Junaide Cane e Ahllan Bique eram eliminados nas preliminares, ou seja, não conseguiram estar entre os oito melhores posicionados dos 19 nadadores que disputaram o acesso à final de 100 metros livres.
Layla Taquidir e Sumeia Damão, que entraram para a prova com os piores tempos comparativamente aos restantes concorrentes à medalha de ouro, tiveram de contentar-se com os últimos lugares com os tempos de 5:28.85 e 5:38.53 minutos, respectivamente. Aliás, nem conseguiram melhorar os seus tempos, que estavam fixados em 5:21.92 e 5:28.21. A sul-africana Caitlin Kat conquistou a prova com a marca de 4:24.74 minutos.
Gisela Cossa, que estava igualmente inscrita para os 400 livres, foi retirada da prova por opção do treinador da Selecção Nacional, Sérgio Faftine, depois de detectar-se a excedência do limite de inscrições (duas atletas). Cossa levava curiosamente o melhor tempo (5:02.61) que Taquidir e Damão, mas também distante das marcas candidatas a lugares do pódio.
Enquanto isso, Junaide Cane e Ahllan Bique nem sequer conseguiram melhorar os seus tempos de inscrição, que estavam fixados em 55.98 e 56.99, respectivamente, ao fixarem as novas marcas em 1:00.94 minuto e 58.48 segundos.
Referir que a Selecção Nacional nadou, anteontem, nas estafetas de 4x100 mistos através do quarteto constituído por Igor Mogne, Ahllan Bique, Gisela Cossa e Layla Taquidir. Porém, nem aqui pode redimir-se, terminando muito longe dos lugares do pódio, dominado pelo trio constituído por África do Sul (3:37.2), Egipto (3:43.01) e Algéria (3:43.32).
No mesmo dia, Layla Taquidir estreou-se no campeonato na final directa de 50 metros mariposa, também na sequência da insuficiência de inscrições nesta prova. Mas tal como entrou, Taquidir terminou em último com a marca de 33, 34 segundos. A vencedora foi a sul-africana de nome Nathania Van Niekerk, com o tempo de 28.15 segundos.
Salientar que as selecções participantes no evento descansam hoje, dia do interregno de competições, para dar lugar à realização do congresso do Confederação Africana de Natação, no qual Moçambique se fará representar pelo presidente e secretário-geral da FMN, Fernando Miguel e Edgar Chitsondzo.
A Selecção Nacional volta competir amanhã, destacando-se o regresso de Igor Mogne para os 400 metros livres, prova em que estão depositadas as esperanças de o nadador olímpico conquistar uma medalha, enquanto uma das suas especialidades de eleição. O jovem atleta, que actualmente reside e nada em Portugal, teve uma estreia assinalável nos 200 metros livres, no domingo, segunda-feira, tendo ficando muito próximo do pódio, ao terminar em quarto lugar.
SALVADOR NHANTUMBO, em Bloemfontein
Fonte:Jornal Noticias