«Moçambola é conquista que deve ser mantida e preservada», assinalou Filipe Nyusi
O presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou esta quinta-feira que o campeonato de futebol da 1.ª Divisão (Moçambola) «é uma conquista que deve ser mantida e preservada».
E depois explicou porquê.
O chefe de Estado fez esta declaração em Maputo, no decorrer do Conselho Consultivo Extraordinário do Ministério da Juventude e Desporto, alargado aos presidentes das Federações Desportivas Nacionais, na sequência da visita que efetuou à referida instituição.
Segundo Nyusi, «todos os esforços devem ser desenvolvidos para que o país continue a viver a festa proporcionada pelo Moçambola, que escala várias cidades, vilas e distritos, apesar das dificuldades financeiras com que a Federação, Liga e clubes se debatem para que a prova decorra dentro do atual figurino de 16 equipas, no sistema clássico de todos contra todos, em duas voltas».
Aliás, o presidente da Federação, Alberto Simango Júnior, informou Nyusi que existem dificuldades, «ditadas pela conjuntura económica nacional para o arranque do Moçambola 2017», mas que, no entanto, «todos os esforços estão a ser desenvolvidos no sentido de tornar o campeonato de futebol da 1.ª Divisão viável».
Considerando o debate iniciado quarta-feira, na Assembleia-Geral da Liga Moçambicana de Futebol, sobre a mudança dos atuais moldes do Moçambola, Filipe Nyusi disse ser de «vital importância a manutenção do presente figurino», destacando que, «com um pouco mais de esforço e imaginação, as dificuldades com que se deparam os organizadores da prova podem ser ultrapassadas».
«Senti-me orgulhoso por estar frente a frente com pessoas que vivem e sentem o desporto no dia a dia. Ficou bem claro que estão a promover o desporto, apesar de muitas dificuldades, mas não encontrámos nenhuma linguagem de desespero, pelo contrário: mostraram-se dispostas a manter firme o nosso desporto. Temos que trabalhar arduamente na vertente do futebol para viabilizarmos internacionalmente o Moçambola e, para alcançar tal desiderato, temos que estar todos juntos. O Moçambola é uma conquista que conseguimos e, antes de pensarmos noutros moldes da competição, não ficaria bem se os atuais fossem interrompidos por falta de imaginação», sublinhou.
Alexandre Zandamela, Maputo
Fonte:Abola