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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Moçambola disputadíssimo e brilhante!

 

 

O MOÇAMBOLA conheceu, no último fim-de-semana, o seu epílogo com o apuramento do campeão nacional, a Liga Desportiva de Maputo, que, por sinal, revalida o título, depois de uma luta titânica com os mais directos concorrentes, principalmente os Ferroviários de Nampula e da Beira, com o primeiro a render-se na derradeira ronda.

 

 

No momento do balanço da prova desportiva mais importante do país, o presidente da Liga Moçambicana de Futebol (LMF), Alberto Simango Júnior, fala dos bons e maus momentos passados ao longo da temporada e… remata: “Já adivinhávamos que havia de ser uma prova disputadíssima”.

 

 

 

Simango diz, em jeito de retrospectiva, que “este foi o Moçambola mais difícil que já tivemos de organizar em todos os sentidos, apesar de termos cumprido na íntegra o que era o nosso plano de actividades para a época que está a terminar. Já adivinhávamos que havia de ser uma prova disputadíssima, tendo em conta o trabalho que estava sendo feito a nível dos clubes. Sentimos que o nível de preparação de todos eles era elevado, esperávamos ter uma boa competição, uma disputa renhida.

 

 

 

A avaliação que faço é que em termos organizativos foi um sucesso. Cumprimos com o planificado. O calendário de competições foi observado a rigor. Tivemos poucas interrupções, aconteceram aquelas necessárias, Datas-Fifa, compromisso da Selecção Nacional, tudo em coordenação com a FMF. Não tivemos as paragens que aconteceram em 2013 ou 2012 que foram mais longas, fez-se um esforço de harmonização da programação de forma que não se prejudicassem as actividades dos clubes.

 

 

Com isso não quero dizer que não houve uma e outra paragem que tenha causado alguma reclamação dos nossos associados que são os clubes. Mas foram insignificantes, pois em qualquer parte do mundo os campeonatos param para dar lugar a outras competições, o que nós fizemos. Nota-se de algum tempo para cá algum crescimento em termos organizativos por parte dos clubes. Portanto, o que fizemos foi complementar e coordenar as actividades que têm sido feitas a nível destes.

 

 

 

Por consequência, tivemos um Moçambola brilhante e que chegou àquilo que mais ou menos vínhamos sonhando de algum tempo para cá, que pudéssemos ter uma prova competitiva, abrangente, emocionante… enfim, com todos estes adjectivos, tudo numa perspectiva de ter uma verdadeira primeira liga do nosso país”.

 

 

 

 

AMBIÇÃO DE FAZER UM POUCO MAIS

 

 

 

Numa prova desta envergadura, segundo Simango, há sempre a vontade de fazer um pouco mais e para isso é necessário que haja a colaboração de todos.

 

 

 

É verdade que nós, como direcção, temos desafios. Temos sempre ambições de fazer um pouco mais. A nossa vontade é que pudéssemos ter um pouco mais do que tivemos. Não fico feliz porque desceram três equipas. Para mim se a prova permitisse que não descesse ninguém era ideal, seria bom. Sei que mesmo os que desceram esforçaram-se muito, com todo o tipo de adversidade que nós conhecemos. Há dificuldades a todos os níveis, foi dos poucos Moçambolas que não ouvimos que há greves de salários, prémios, etc. Se houve um e outro caso foi de menor impacto e isto significa que há um crescimento colectivo notável. É este o Moçambola que queremos, com os condimentos daquilo que é futebol no mundo.

 

 

Nisto tenho a certeza de que não ficámos a dever nada. Precisamos de outro tipo de desafios, pois a nossa vontade é fazer um melhor Moçambola do que este que terminou recentemente, pois todos saímos a ganhar, com o espectáculo cada vez mais bonito, que levasse mais pessoas ao campo. Neste último aspecto parece-me que já temos público nos campos de forma razoável, é verdade que queremos mais, mas para isso é preciso fazermos investimentos, concretamente no capítulo das infra-estruturas, que possamos ter campos a nível daquilo que são as exigências. Se quisermos qualidade no futebol, também temos de ter qualidade infra-estrutural boa.

 

 

É preciso fazermos a manutenção dos campos, reabilitá-los, que tenham além do relvado que é o local onde decorrem os jogos, as bancadas em condições, os acessos fáceis, que tenham condimentos para acolher condignamente os jogos, com balneários, higiene, enfim. Hoje em dia nós, os moçambicanos, gostamos de nos sentir bem em qualquer lugar onde estivermos, seja nos cafés, restaurantes, nas nossas casas, na família, por aí fora. Nos campos também é preciso que se crie um ambiente de qualidade, onde as famílias podem ver o jogo num ambiente tranquilo onde é possível tomar um refresco à vontade sem nenhum impedimento, nem apertos. Portanto, ainda temos este desafio de ver as infra-estruturas a serem melhoradas para que possam corresponder ao crescimento desta prova.

 

 

 

 

CAMPEÃO NA ÚLTIMA JORNADA JÁ DIZ TUDO

 

 

 

Na sua dissertação, Simango não esquece a emoção que se viveu até à última jornada. Com algum sorriso, deixou transparecer que a missão foi bem cumprida.

 

 

 

No aspecto competitivo, só o facto de o campeão ter sido encontrado na última jornada diz muita coisa: a prova foi bem disputada, os clubes valorizaram a competição. A disputa foi do princípio ao fim. Do quinto até ao primeiro lugar a diferença pontual era escassa. Até à 20ª jornada tínhamos três a quatro equipas a lutarem pelo título e isso significa muito para esta nossa prova. Com todo o tipo de dificuldades que temos de encarar, todos nos esforçámos para que esta prova terminasse com sucesso. Ficou a ganhar o futebol, o público que todos os fim-de-semana correu de campo em campo para assistir este espectáculo que mexe com todos.

 

 

 

Fonte:Jornal Noticias