Moçambique já garantiu três medalhas nesta XI edição dos Jogos africanos do Congo-Brazzaville através da modalidade de boxe. É que João Baptista, na divisão dos 91 kgs, Rady Gramana e Ângela Augusto, nos 75 e 60 kgs, respectivamente, entram hoje directamente para as meias-finais já com o bronze garantido, uma vez que, nesta modalidade, os semifinalistas, portanto, sobem ao pódio.

Porém, a avaliar pelo seu poderio, acreditamos que os três pugilistas não quererão subir ao pódio por apenas terem tomado parte neste evento, vão se esforçar no sentido de garantirem medalhas de maior quilate, como são os casos de prata e ouro.

As meninas moçambicanas, por aquilo que temos vindo a constatar desde que chegaram a este evento, é que demonstram muita segurança e tranquilidade, o mesmo acontecendo com João Baptista, que até promete deitar abaixo quem lhe aparecer em frente. Entretanto, Bernardo Marrime, nos 64 kgs, que havia ganho na estreia, por K.O., diante dum maliano, foi ontem eliminado por um tswana, num combate em que o pugilista moçambicano abriu em demasia a guarda, sofrendo, em alguns momentos, golpes infantis.

Aliás, este pugilista a residir na Irlanda precisa ainda de muito trabalho, pois denota muitas lacunas na defesa. Nas outras modalidades, continuamos muito longe dos lugares cimeiros. Na natação, por exemplo, os nossos representantes, nalguns casos, são os primeiros de trás para a frente, o que demonstra a fraca qualidade em relação aos nadadores doutros países. No karatê, também não temos tido sucesso. Nota-se o desnível entre os moçambicanos e os atletas das outras nações. O melhor que conseguimos foi o quarto lugar.

GIL CARVALHO, em Brazzaville

Fonte:Jornal Noticias