Maxaquene já é terceiro
O MAXAQUENE já é o terceiro classificado do Moçambola-2017, depois de empatar, ontem à noite, com o campeão nacional, Ferroviário da Beira, a duas bolas, no Estádio Nacional do Zimpeto, em jogo atrasado da terceira jornada. Os “tricolores”, que aos dois minutos já venciam por 1-0 e até aos 65 por 2-1, foram infelizes ao sofrerem o golo da igualdade nos últimos minutos da partida.
Os “tricolores” foram penalizados pelo sono nos instantes finais, pois antes desse fatídico golo de empate dominaram um campeão que esteve algo irreconhecível.
O golo inaugural foi conseguido na sequência de um livre marcado por Pai, e que terá sido mal desviado pelo defesa beirense Edson. O Maxaquene teria-se agigantado no minuto seguinte se o guarda-redes beirense, Willard, não tivesse tido reflexos suficientes para ver o caminho do tiro de Bruno, em mais um lance de bola parada, em que o “central” Cufa foi novamente o mau da fita, ao cometer a falta próximo da meia-lua. Foi um remate de belo efeito que obrigou o “keeper” “tricolor” a uma defesa apertada para canto.
Este resultado justificava-se até ao segundo quarto da contenda, pois o Maxaquene assumira desde o início a dianteira nas manobras ofensivas, beneficiando de muitos lances de bola parada como corolário da pressão que exercia sobre os “locomotivas”.
Mas acabou sendo infeliz no lance em que Alfai atrapalhou-se depois de uma fífia do guarda-redes “tricolor”, quando não conseguiu segurar um remate frouxo de Maninho. Na tentativa de sacudir a pressão, o defensor rematou sobre corpo do guarda-redes e a bola projectou-se para as malhas para 1-1, aos 30 minutos.
Mas a anteceder este lance, Aníbal Armando fez vista grossa a uma grande penalidade clara a favor do Maxaquene. Bruno foi carregado no interior da grande área, quando perfurava o último reduto beirense, aos 23 minutos. Aliás, o árbitro deixou a jogada evoluir, já que o Maxaquene estava na posse de bola e na possibilidade de finalizar, mas Willard não permitiu que isso acontecesse.
A segunda parte começa com uma investida do Ferroviário. O esquerdino Andro chamou Jonas a uma grande intervenção, através de um livre batido pela direita do ataque com muita força e que obrigou o ”keeper” “tricolor” a uma defesa em apuros para canto, aos 46 minutos. Maninho, aos 61 minutos, encheu o pé para a bola ser devolvida pelo poste, numa altura em que já predominava a alternância ofensiva, mas com o Maxaquene a ter mérito pela circulação de bola, com um futebol progressivo e muito direccionado ao ataque. E não tardou para repor a vantagem, aos 65 minutos. Bruno, a meio do meio-campo adversário, fez o que muitos menos esperavam, na conversão de mais um livre, um remate fortíssimo para um golaço que merece registo.
João, aos 80 minutos, teria finalizado depois de uma saída precipitada de Jonas, e confusão para alívio, quando na posse de bola atirou ao lado. Minutos seguintes, Terra, bem visto por Fachy do meio-campo adversário, fez a colocação certa para o isolamento do atacante “tricolor”, que falhou o alvo mesmo com o guarda-redes pela frente. E porque quem desperdiça as oportunidades arrisca-se a sofrer, eis que Cufa, na sequência de canto batido por Babo, finalizou de cabeça com um golpe de belo efeito, aos 85 minutos.
Os seis minutos de compensação não trouxeram novidades, a não ser a tentativa de Maninho de surpreender Jonas, um pouco adiantado dos postes, mas a colocação em jeito saiu um pouco por cima.
Amarelo para Fabrice.
FICHA TÉCNICA: Aníbal Armando, auxiliado por Teófilo Mungoi e Elina Marques.
MAXAQUENE – Jonas, Bruno (Edú), Campira (capitão), Nelson, Pai, Alfai (Terra), Manuelito, Fachy, Mutong (Ivo), Tobias, Faustino.
FER. BEIRA – Willard; Hagy (Nello), Amorim, Cufa, Edson, Mussa, Fabrice, Andro (Babo), Maninho (João), Chelito e Dayo.
DISCIPLINA: cartão amarelo para Bruno do Maxaquene, e Dayo e Edson, do Fer. da Beira.
SALVADOR NHANTUMBO
Fonte:Jornal Noticias