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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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MAXAQUENE, 1 – FERROVIÁRIO MAPUTO, 0 - Brio “tricolor” em tarde cinzenta

 

O MAXAQUENE teve o mérito pela postura assumida ainda na etapa inicial, durante a qual suou a camisola para colher o que tanto pretendia, que é chegar à final. Não porque o Ferroviário não o quisesse, mas foi tacticamente dominado, apesar de muito esforço durante a segunda parte e que redundou no fracasso, pois João Figueiredo, o técnico “tricolor”, foi inteligente. Montou uma estratégia defensiva  que não ofereceu muito espaço de manobra ao adversário. O Ferroviário explorou flaqueamentos, mas sem sucesso, prevalecendo o único tento apontado por Danilo, aos 35 minutos.

 

Com um início relativamente equilibrado, o Maxaquene teve o mérito de ser mais ousado e construtivo, daí que tenha aparecido no último reduto dos “locomotivas” com mais frequência, mas Lukman não teve espaço suficiente de manobra perante a vigilância dos “centrais” e, nalgumas ocasiões, apanhado em situação irregular. Os primeiros dois quartos foram caracterizados por uma forte luta pela posse de bola com ambas as partes a procurarem espaço, muito escasso, para chegarem ao reduto contrário. O Ferroviário tomou a iniciativa, mas o aperto defensivo “tricolor” não permitiu que tais iniciativas lograssem sucesso. E com o “capitão” Paíto a comandar as operações, a partir do flanco esquerdo, o Maxaquene ganhou espaço de manobra e as bolas começaram a chegar com muita frequência ao último terço dos “locomotivas”, a partir do último quarto da etapa inicial, criando susto à defensiva, que foi chamada a grandes intervenções. E foi forçada a cometer algumas faltas, algumas ignoradas pelo juiz de partida, que resultaram em lances de bola parada, mas que não surtiram o efeito desejado. Aliás, Aníbal Armando priorizou muito a lei de vantagem e ignorou pequenos choques para permitir que o jogo fluísse e o espectáculo tivesse lugar, com as equipas a desdobrarem-se e a exibirem o seu máximo, o que tornou o jogo mais interessante.

 

Portanto, o Maxaquene acabou ganhando o golo que lhe levou ao intervalo em vantagem, fruto do seu esforço abnegado e permanente vontade de chegar ao último reduto do adversário. Foi aos 35 minutos que Danilo fez 1-0 para os “tricolores”. Lukman, encostado à direita da grande área, projectou a bola para a baliza “locomotiva”. O guarda-redes César Machava estava um pouco adiantado e, em desequilíbrio, tentou sacudir o esférico com uma palmada, mas a bola foi devolvida pelo travessão. Próximo, Danilo não fez mais nada que empurrá-la para o fundo das malhas provocando uma explosão nas bancadas “tricolores”.   

 

Como era de esperar, o Ferroviário entrou para a segunda parte à busca de soluções e o Maxaquene a reagir às investidas “locomotivas”. Fruto disso, Miamy, aos 23 minutos, provocou susto às hostes “tricolores” com uma biqueira para uma defesa incompleta de Guirrugo e posterior recuperação. 

 

O Maxaquene tornou-se mais defensivo e, por consequência disso, sujeitou-se a sofrer, pois o seu contra-ataque foi menos produtivo. Numa nova incursão “locomotiva”, Jeitoso, encheu o pé c]a do meio da rua, tendo o esférico saído pouco ao lado, aos 32 minutos.

 

O Maxaquene ficou reduzido a 10 unidades já nos minutos finais do tempo com a expulsão de Butana, por acumulação de amarelos. Mesmo assim, manteve a cintura até ao apito final.  Até porque teria conseguido o segundo golo naquele livre batido pelo “capitão” Paíto, próximo da meia-lua, a castigar falta sobre Fachy, já no tempo de compensação. Mas César Machava defendeu.

 

O árbitro da partida, Aníbal Armando, esteve em cima dos acontecimentos. Controlou os ânimos dos jogadores e puniu quando fosse necessário. A dimensão do jogo exigiu de si muita responsabilidade e, neste aspecto, foi excelente. Aliás, esteve técnica e disciplinarmente bem.

 

FICHA TÉCNICA

 

ÁRBITRO:Aníbal Armando, auxiliado por Zacarías Baloi e Cláudio Macamo. O quarto árbitro foi Felisberto José.

 

MAXAQUENE:Guirrugo; Butana, Bernardo, Nito e Paíto; Talapa (Nelson), Fachy, Dangalila (Whisky) e Danilo; Isac (Bruno) e Lukman.

 

FERROVIÁRIO MAPUTO:César Machava; Elísio, Chico, Jeitoso e Edmilson; Timbe (Muandro), Mastail (Miamy), Sassi, Diogo e Pauluana (Gito); Dudú.

 

DISCIPLINA: Vermelho para o “tricolor” Butana, por acumulação de amarelos. Cartões amarelos para Talapa, Lukman e Whisky, todos do Maxaquene; Jeitoso e Edmilson, do Ferroviário.

 

SALVADOR NHANTUMBO

 

Fonte:Jornal Noticias