MAXAQUENE, 1 - FERROVIÁRIO DE MAPUTO, 1: Da tremedeira de Sozinho ao “frango”de Leonel
NO clássico entre dois candidatos ao título entrou melhor o Ferroviário, que pela frente tinha um adversário desfalcado de duas pedras basilares que se juntam ao castigo do treinador Chiquinho Conde, todos devido aos incidentes de há uma semana em Nacala.
Os “locomotivas” assumiram desta forma as rédeas da partida na primeira parte, etapa na qual o Maxaquene tinha como elo mais fraco o sector mais recuado, com o agravante de Sozinho, guardião resgatado do banco devido ao castigo de Simplex, ter acusado a titularidade, fazendo um jogo bastante intranquilo e inseguro.
O Ferroviário dominava, mas não conseguia encontrar os caminhos para a baliza “tricolor”, apesar de Diogo, Barrigana, nas alas, tudo fazerem para abrir espaços, mas faltava a qualidade do último passe.
Entretanto, foi numa jogada aparentemente inofensiva, aos 14 minutos, que surgiu o golo do Ferroviário. Sassi, à entrada da área, descaído para a direita, faz um remate cruzado que é interceptado de forma defeituosa pela defesa “tricolor”, tendo a bola sobrado para a zona de penalte, onde apareceu Maurício de cabeça a rematar com mestria, enganando o inseguro Sozinho.
Era a explosão de alegria num campo do Afrin praticamente com lotação esgotada. O Ferroviário continuou a carregar e volvidos dois minutos Diogo atirou forte ao lado. O Maxaquene respondeu aos 23 minutos, quando Luckyman livrou-se duma oposição para fazer um tiro de cá do meio da rua, por cima. Aos 34 foi a vez de Imo tentar a sua sorte, mas não acertou na baliza de Leonel.
À beira do intervalo Diogo, de livre, obriga Sozinho a aplicar-se a fundo para evitar o 2-0.
Foi-se ao descanso com a vantagem “locomotiva”. No segundo tempo o Maxaquene voltou transfigurado, determinado a sair com pelo menos um empate. Isso fez com que o jogo ganhasse mais emotividade, pois o Ferroviário não baixou os braços, tentou forçar o 2-0, mas os “tricolores” é que foram felizes.
Aos 61 minutos surge um canto para o Maxaquene. Na tentativa de se antecipar aos avançados “tricolores” Leonel sai aos papéis, deixando escapar o esférico nos pés de Luckyman, que aproveitou a oferta para empatar.
Depois da igualdade o jogo ganhou outro ímpeto, tornando-se num verdadeiro clássico, com as duas equipas a disporem de oportunidades para resolver a partida. Apesar de pouca posse de bola, o Ferroviário é que beneficiou de mais oportunidades de golo, como foram os casos dos remates de Sassi para uma boa defesa de Sozinho, ao 79, e de Chiza, dois minutos volvidos, por cima.
O resultado não mais se alterou, o empate encaixa-se perfeitamente. Sérgio Lopes esteve à altura dos acontecimentos.
FICHA TÉCNICA:
ÁRBITRO: Sérgio Lopes, auxiliado por Juma Patrício e Nelson Jeque. O quarto foi Paulo Buque.
MAXAQUENE: Sozinho; Moniz, Nito, Butana e Nelson; Okhan, Wisky (Rachid), Mayunda e Imo (Fachi), Luckyman (Michael) e Isac.
FERROVIÁRIO: Leonel; Chiza, Jeitoso, Chico e Edmilson; Barrigana (Jair); Timbe (David), Sassi e Lewis; Diogo e Maurício (Manucho).
DISCIPLINA: Amarelo para Sassi (Ferroviário)
Golos: Maurício (Ferroviário) e Luckyman (Maxaquene)
SÉRGIO MACUÁCUA
Fonte:Jornal Noticias