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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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MAXAQUENE, 1 – FER. DA BEIRA, 0: Prato de luxo em mais uma noite “tricolor”

 

AS impressões trazidas para este embate davam indicação de que, de facto, teríamos um duelo de gigantes. Isto não apenas pela grandeza ou dimensão das duas equipas, mas pelo estilo de jogo que tem caracterizado estas duas formações e também pela rivalidade entanto que equipas com outras ambições nesta prova.

 

Jogando diante do seu público, que aplaudiu efusivamente a alta exibição e a atitude combativa da sua equipa num jogo aberto, os “tricolores” não brincaram com o serviço. Mas receberam a devida resposta dos “locomotivos” beirenses, que vieram determinados para discutir os três pontos. Aliás, para sair de Maputo com um resultado que lhes alentasse tendo em conta os desfechos negativos nas últimas jornadas. Foi por esta e outra razão que este jogo acabou ganhando o peso e dimensão que ultrapassou as expectativas à sua volta, isto porque as duas equipas actuaram sem receios e traduziram em factos os conhecimentos adquiridos durante a sua preparação, evidenciando-se colectiva e individualmente.

 

Mas diga-se em abono de verdade que quem esteve melhor entre Maurício e Mário, ou seja, as pedras com missões mais nobres (marcar golos) foi o primeiro. Para além de esforço redobrado à busca de golos, o artilheiro “tricolor” acabou fazendo o papel que menos lhe competia. Fez o serviço para Isac finalizar, com uma colocação de mestria do lado esquerdo da grande área para a boca da baliza, onde apareceu o meio-campista “tricolor” a empurrar o esférico para o interior das malhas, no minuto 30. Um tento fortemente aplaudido, mas que abriu uma nova página no rumo da história de jogo, depois de uma entrada um tanto a quanto titubeante das duas equipas.

 

Aliás, o Maxaquene teve mérito no seu sistema táctico, designadamente um meio-campo recheado, que tinha em Abílio e Macamito os alicerces tanto nas missões de apoio à defensiva bem como ao ataque. Assistiu-se a uma batalha que obrigou a “locomotiva” a mudar de estratégias, com o artilheiro Mário a confundir-se certas vezes como ala fugindo deste modo do cerco defensivo. Mesmo assim, as suas solicitações a Nelito encontraram a devida resposta de Narciso e Zabula, que faziam a dupla de centrais.

 

O Maxaquene explorou muito os flancos, sobretudo na primeira parte, aproveitando a velocidade dos seus laterais, nomeadamente Calima e Vling. Maurício e Isac tentaram algumas perfurações mas encontraram dificuldades. E acabou sendo o Ferroviário a arrancar a jogada mais vistosa, quando o “capitão” Maninho fez uma combinação com Mário, que atirou para a defesa incompleta de Simplex.

 

E a resposta “tricolor” não tardou, com Rachide a colocar Maurício em vantagem sobre os “centrais”, tendo valido a saída de Willard, que foi a tempo de desviar o esférico da trajectória da baliza. Nesta fase inicial do embate, a alternância ofensiva foi evidente, mas o Maxaquene já articulava com muita perfeição e jogava à largura do terreno, situação que melhorou ainda com o golo do Isac. Mas o Ferroviário teria ido ao intervalo com empate se Mário tivesse acertado a bola oferecida por Narciso junto à meia-lua, donde atirou ao lado.

 

O espectáculo melhorou na segunda parte, com o Ferroviário da Beira mais leve e tacticamente mais acertado. O Maxaquene soube fechar os caminhos para a sua baliza, com uma cortina intransponível que obrigou a “locomotiva” a tentar penetrar pelos flancos. Mesmo assim, a defesa foi impecável e máquina “tricolor” continuou a carburar, com Maurício a dar de fazer a defensiva beirense com alguns arranques para a área de Willard. Neste período, Abílio teve uma sobra a seguir à marcação dum pontapé de canto, mas o remate foi desviado. Na sequência disso, Rachid rematou cruzado para um desvio defeituoso da defesa que levou a bola ao travessão.

 

A “locomotiva” manteve o ritmo ofensivo com um futebol brilhante, mas não encontrava caminhos para o golo. Infelizmente, Mário não atinou em mais duas ocasiões: não conseguiu evitar, com “chapéu”, a saída de Simplex, que pulou para desviar a bola de cabeça. Depois, não acertou no desvio ao centro de Mfiki, a bola saiu quase a “beijar” o travessão, em cima dos 90 minutos regulamentares.

A equipa de arbitragem teve pequenos erros, mas que não influenciaram no resultado.

 

FICHA TÉCNICA

 

ÁRBITRO: Luís Jumisse, auxiliado por João Paulo e Luís Lifanice. O quarto árbitro foi Mateus Infante.

MAXAQUENE: Simplex; Calima, Narcísio, Zabula e Vling; Abílio, Moniz, Macamito, Rachide (Betinho) e Isac (Buramo); Maurício (Micas).

FER. BEIRA: Willard; Elísio, Emídio, Cufa e Edson; Maninho, Coutinho (Paíto), Mfiki e Reinildo (Djé); Mário e Nelito (Henry).

DISCIPLINA: cartolinas amarelas para Zabula e Vling (Maxaquene); Elisio e Cufa (Fer. da Beira)

 

SALVADOR NHANTUMBO

 

 

Fonte:Jornal Noticias