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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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MAXAQUENE, 1-FER. NACALA,0: Isac, sempre ele

 

ISAC foi, mais uma vez, o “salva vidas” do Maxaquene. O melhor marcador do Moçambola na época passada marcou um golo aos 80 minutos, num período em que o Ferroviário de Nacala estava mais perto de gizar as redes de Simplex.

 

Aliás a tónica do jogo em boa parte foi ver os visitantes a atacarem com maior perigo e a ficarem, por várias vezes, perto de se adiantarem no marcador. 

 

A equipa nacalense, uma das que ascenderam ao Moçambola esta época, esteve bem melhor em campo, demonstrando um nível exibicional bem mais atraente do que o seu opositor. Já se dizia na Taça de Honra que Chiquinho Conde tem muito trabalho a fazer e ontem, mesmo tendo ganho, não ficaram dúvidas que há que limar inúmeras arestas, sobretudo na defesa, sector mais frágil quanto a nós. A táctica de três centrais, Zabula, Butana e Nito, foi um autêntico desastre e o Ferroviário de Nacala só não ganhou por ingenuidade dos seus avançados.

 

Foi o Ferroviário de Nacala a dispor da primeira  situação clara para marcar. Binó ganha a bola a Moniz junto à bandeirola e arranca sem ninguém pela frente, mas foi egoísta já que tentou fazer o golo de um ângulo apertado quanto tinha Elias em zona privilegiada para atirar melhor. Binó voltou a criar pânico junto à baliza de Simplex. Ganhou espaço na linha de fundo.

 

Centrou, mas a bola passou a rasar a cabeça de Elias. Um susto enorme para a equipa “tricolor” que precisava urgentemente de ter um homem que segurasse a bola, já que os nacalenses iam ganhando o jogo a meio campo e confiança. Whisky, a quem tinha sido incumbida a responsabilidade de estancar o jogo ofensivo dos visitantes, quis mostrar que sabe atacar e foi através de um cruzamento seu a isolar Isac que o Maxaquene quase marcava, no entanto o melhor “artilheiro” do Moçambola da época passada mostrou estar com a pontaria desafinada.

 

Mas enganou-se quem por ventura imaginou que aquele lance poderia servir de incentivo. A equipa de Sérgio Faife voltou a estar por cima do jogo. Binó, que já passou pelo Desportivo de Maputo, voltou a pôr em sentido a defesa contrária com um cabeceamento ao poste na sequência um canto. Estavam jogados os primeiros 30 minutos quando o ferro disse não ao golo do Ferroviário de Nacala e no lance seguinte o defesa do Maxaquene Nito quase marcava  na própria baliza.

 

Na segunda parte os “tricolores” entraram mais aguerridos – o intervalo fez bem – e poderiam ter aberto o marcador logo no primeiro minuto. Nota para a defesa espectacular de Binó a parar a bola sob a linha de golo após remate de Nelsinho e na recarga Mauro erra o alvo.

 

Não marcaram os comandados de Chiquinho Conde, reagiram de pronto os “locomotivas” através de um livre directo de Bheu que enviou um autêntico “míssil”. Simplex teve que se empregar a fundo para ceder um pontapé de canto. Na marcação do mesmo Bheu de cabeça enviou a bola à trave.

 

Os visitantes acabaram pagando caro a factura de terem desperdiçado claras oportunidades para marcar como a de Joca que com tudo para rematar de primeira quis tirar o adversário do caminho. Acabou vencendo a equipa mais experiente, mas certamente não a que esteve melhor em campo.

Mário Tembe, árbitro do encontro, fez um bom trabalho.

 

FICHA TÉCNICA

 

ÁRBITRO: Mário Tembe, auxiliado por Olívio Adriano e José Mhula.

Quarto árbitro: António Munguambe.

 

MAXAQUENE: Simplex; Zabula, Nito e Butana; Whisky, Moniz (Fachy), Mayunda, Nelsinho (Michel) e Rachide (Loló); Mauro e Isac.

 

FER. NACALA: Binó; Bheu, Silva, Zé Rasta e Micas; Ozias, Abu, Manecas e Joca (Gimo); Binó e Elias (Chelito).

 

Disciplina: Amarelos para Whisky e Nito

IVO TAVARES

 

Fonte:Jornal Noticias