Mano-Mano reforça equipa para enfrentar zambianos
O SELECCIONADOR Nacional de Futebol, Hélder Muianga, mais conhecido nos meandros desportivos por Mano-Mano, já tem esboçada a estratégia para a batalha contra a Zâmbia referente ao CAN-Interno e que se inicia no próximo dia 18, data em que a Selecção Nacional vai defrontar a sua congénere daquele país em Ndola para a primeira “mão” da segunda eliminatória e que qualifica directamente para a fase final da competição, que terá lugar próximo ano no Ruanda.
Na primeira eliminatória os “Mambas” afastaram as Ilhas Seychelles com um agregado de 9-1.
O jogo contra os zambianos é determinante, porque pode ditar a morte precoce do combinado nacional na luta pelo acesso à fase final deste campeonato entre nações africanas e que envolve jogadores que actuam nas provas internas dos países envolvidos.
Começar a batalha fora é visto por Mano-Mano como uma oportunidade para encarar a eliminatória com alguma esperança, sendo que um empate pode ser significativo para o objectivo que se persegue. Em todos os confrontos com a Zâmbia Moçambique orgulha-se por um empate sem abertura de contagem conseguido o ano antepassado na corrida para o último CAN. Nos restantes encontros os “Mambas” saíram em desvantagem.
A caminho do encontro com a Zâmbia, Mano-Mano salienta a necessidade de reforçar a equipa e dotá-la de capacidade e força necessária para pelo menos tentar repetir a proeza cometida em 2014, curiosamente no mesmo recinto no qual os “Mambas” defrontaram os “Chipolopolo”. Para além do lote de jovens talentos que evoluem no Moçambola e que têm dominado completamente as últimas convocatórias dos “Mambas”, enquanto se vai reduzindo o número de atletas que actuam fora de portas, e que constituíram por muito tempo a base da selecção, o seleccionador nacional vai chamar mais alguns que têm estado a registar bom momento de forma na prova interna.
São os casos de Sataca Jr. e Lanito, do Desportivo, Nelson, do 1.º de Maio de Quelimane, e Mayunda, do Maxaquene.
“Temos estado a observar alguns jogadores que estão a atravessar um bom momento de forma. Estamos à procura de jogadores que estejam na sua máxima força para nos ajudarem a alcançar os melhores resultados possíveis e nossos principais objectivos”, disse.
Frente à Zâmbia Mano-Mano fala de um jogo no qual serão observadas todas as cautelas defensivas, apostando igualmente em transições rápidas e explorando no máximo as oportunidades que forem criadas.
“Será um jogo bastante difícil. Nós conhecemos a Zâmbia e o seu potencial. É verdade que não estamos a passar um bom momento em termos de resultados mas temos um bom grupo, principalmente no CAN-Interno. Mesmo com a escassez de resultados dizer que jogar contra a Zâmbia nunca foi fácil. Teremos que nos aplicar a fundo. É verdade que a última vez que lá estivemos arrancámos um empate. Há anos que procuramos sentir o sabor de uma vitória frente a uma selecção como a Zâmbia e desta vez não vai fugir à regra”, anotou.
Mano-Mano reconhece que a batalha para o CAN-2017 está complicada, depois de duas derrotas consecutivas frente ao Ruanda e Maurícias, ambas por 1-0. E não escondeu, sem atirar a toalha ao chão, que o foco dos “Mambas” seja mesmo o CAN-Interno.
“Neste momento é o que nós temos pela frente. É verdade que temos de nos focalizar para o CAN-Interno. Portanto, são dois jogos extremamente difíceis. Jogando fora como não, com a Zâmbia nunca tivemos a sorte de poder ter resultados satisfatórios. Então, temos de levar toda força e nos empenharmos para este CAN-Interno, que é a única coisa que está em aberto. Não queremos dizer com isso que a batalha pelo CAN-2017 esteja totalmente perdida. Tudo é possível, porque temos mais quatro jogos. É verdade que dois serão com o Gana, que é uma potência do futebol africano, mas são jogos para fazer e julgo que vamos, no momento certo, encará-los com maior atenção para podermos ultrapassar as barreiras que temos pela frente e que não são nada fáceis”, anotou.
O técnico afirmou, por outro lado, que não há espaço para uma mudança radical da estratégia dos “Mambas”, mesmo reconhecendo que os últimos resultados não são dignificantes.
“Não vamos mudar muito a nossa estratégia, porque o jogo é fora. Não jogaremos de peito aberto. Vamos medir, traçar uma estratégia e trabalhar nesse sentido durante a semana que iremos nos concentrar. Sabemos também que é um grupo que já vem trabalhando connosco há bom tempo e que alguns desses jogadores participam com alguma regularidade no CAN normal. Esperamos que com essa rodagem que trazem, aliados a alguns novos jogadores que serão chamados para enquadrarem o conjunto, consigamos traçar uma estratégia que nos leve a um resultado positivo na Zâmbia. Para nós um bom resultado pode ser um empate”, frisou, ajuntando que há vários jogadores em várias equipas que são alvo de observação regular e que provavelmente serão chamados.
Quanto à necessidade de se fortalecer cada vez mais a equipa, tendo em conta que dia 18 é já daqui a poucos dias, Mano-Mano reiterou que não vai fugir muito à regra, sendo que procurará explorar aquilo que é o forte dos jogadores moçambicanos.
“Nós somos uma equipa dotada de jogadores com muita técnica. Somos rápidos. Onde temos pecado muito, ou seja, o lado que tem muitas vezes nos deixado mal, é no capítulo de finalização. Vamos jogar fora e com uma equipa muito poderosa e ofensiva, por isso temos de nos precaver e trabalhar muito bem em termos defensivos, visto que não teremos muito tempo de preparação. Temos apenas uma semana para trabalhar todos esses condimentos, ou seja, as várias situações de jogo. Vamos aproveitar logo que tivermos a oportunidade de juntar o grupo e trabalhar em todos os aspectos. Quando se joga fora se deve ter muitas cautelas defensivas. Temos que trabalhar igualmente situações de transições rápidas quando tivermos a posse de bola e também na finalização para que nas poucas vezes ou perante as oportunidades que criarmos conseguir fazer o golo que possa nos dar maior tranquilidade”, elucidou.
Fonte:Jornal Noticias