Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

“Mambinhas” superam Maurícias

 

A SELECÇÃO Nacional de futebol de Sub-20 derrotou, sábado, no Estádio da Machava, as Ilhas Maurícias, por 1-0, em partida inserida na primeira “mão” da primeira eliminatória de qualificação ao CAN-2017, cuja fase final terá lugar na Zâmbia.

 

O resultado peca por ser escasso ao avaliar o desempenho dos “Mambinhas” ao longo do jogo, o qual acabaram dominando, mas sem tirar o melhor proveito às oportunidades por si criadas. Sem tirar mérito ao adversário, a rapaziada treinada por Arnaldo Ouana soube estar no jogo e teve atitude perante um adversário que tentou surpreender, mas sem atinar com a baliza inicialmente defendida por António, que saiu lesionado já na etapa complementar, tendo sido substituído por Leandro.

 

Aos “Mambinhas” faltou alguma bravura no capítulo da finalização e qualidade no remate, pois apareceram inúmeras vezes no último reduto dos mauricianos, que se defenderam bem, sobretudo na segunda parte. Aliás, foi na primeira parte que a turma da casa não pode aproveitar as fragilidades denunciadas pelos mauricianos, que se viram obrigados a recuar para o seu reduto, portanto sem capacidade de travar o avanço dos “Mambinhas” e muito menos de reação contra as investidas constantes da selecção nacional.

 

Apesar do escasso tempo de preparação (três semanas), o combinado nacional demonstrou coesão e um fio de jogo assinalável, com capacidade de retenção e circulação da bola, situação que permitiu aos “Mambinhas” movimentarem-se por toda largura do terreno, com passes acertados e virados ao ataque. Pautando por um jogo progressivo e jogadas de pé para pé, o combinado conseguiu abrir as linhas de passe e romper o meio campo mauriciano, chegando com a facilidade junto ao último reduto do adversário. Porém, não havia atiradores e as tentativas de romper a grande área foram muitas vezes desactivadas.  

 

Contudo, o jogo iniciou com a primeira oportunidade a pertencer aos visitantes, quando, aos seis minutos, Prosper, na conversão de um livre, provocou susto ao atirar para a defesa incompleta de António, que recuperou o esférico nos pés de dois contrários, que tentavam fazer a emenda.

 

A resposta moçambicana não tardou, pois Milton cruzou para o segundo poste, onde apareceu o artilheiro Mário a cabecear de cima para baixo, tendo o esférico sido projectado do chão para cima do travessão. Mas o primeiro auxiliar, Lesupi Puputla, havia assinalado fora-de-jogo duvidoso. O mesmo Mário rematou de seguida cruzado contra o corpo do guarda-redes mauriciano, Nany, aos 15 minutos. Portanto, na incapacidade de penetrar a grande área pela zona frontal, os “Mambinhas” exploraram também os flancos, só que ainda a defensiva mauriciana foi felizarda.

 

Portanto, a primeira parte acabou fechando com o domínio moçambicano, mas diga-se, em abono da verdade, que a Selecção Nacional escapou a um golpe que não saiu certo porque Labour, que fazia dupla de ataque com Ferre, não acertou a baliza com António pela frente numa jogada de contra-ataque. Aliás, a assistência foi mesmo de Ferre, aos 39 minutos.

 

A segunda parte é caracterizada pela melhoria da actuação dos mauricianos no miolo, onde a batalha passou a ser dura. Os mauricianos optaram por jogo duro, causando lesões aos jogadores moçambicanos. Foi na sequência de um golpe engendrado por Monvoisin que o guarda-redes moçambicano teve de ser substituído ainda no primeiro quarto da contenda.

 

Entretanto, a segunda parte começa com o livre batido pelo “central” e “capitão” moçambicano Bruno. O remate sai tenso e direccionado, mas pouco desenquadrado com a baliza.

 

Os “Mambinhas” jogavam a estas alturas mais pelos flancos, donde surgiam cruzamentos para a área. Continuaram a fazer circular a bola, enquanto os mauricianos optaram por uma defesa em bloco na espectativas de explorar contra-ataques.

 

E foi em mais um contra-ataque rápido que os “Mambinhas” escaparam a mais um golpe de rins. Ferre galgou pela direita superando um contrário antes de atirar, tendo a bola se escapulido pelo meio dos pés de António e embatido na base do poste, aos 49 minutos. 

 

Mas a equipa da casa estava mais galvanizada com as mexidas feitas. Nilton esteve mais em evidência nesta etapa, quase fez a bola roçar o poste, em mais um cruzamento que se seguiu a um lançamento pela esquerda, aos 68 minutos. E foi ele que deu início à jogada que culminou com o golo do artilheiro Dinis, aos 74 minutos. Foi à linha de fundo tirar um defesa do caminho e cruzar para Dinis, com um remate meio-acrobático, colocar o esférico o fundo das malhas, para o gáudio dos moçambicanas que quase encheram a bancada sombra da “catedral” da Machava.

 

Os “Mambinhas” ainda tentaram aumentar a vantagem, mas os mauricianos estavam mais consistentes e fechavam-se a copas no seu último reduto, enquanto esperavam pelo deslize da rapaziada da casa e continuavam com o seu jogo duro perante o olhar impávido do árbitro sutho Lebalang Mokele. Não influenciou no jogo, sendo que peca por ignorar algumas infracções contra a turma de casa e por não penalizar os mauricianos.

 

FICHA TÉCNICA

 

COMISSÁRIO: William Shongue, da Suazilândia.

 

ÁRBITRO: Lebalang Mokete, auxiliado por Lesupi Puputla e Mapholo Mapholo, todos do Lesotho. O quarto árbitro foi Osiase Koto, também do Lesotho.

 

MOÇAMBIQUE – António (Leandro); Cândido, Osvaldo, Bruno e Danilo; Mapangane, Milton (Neldinho), Mussa e Nilton; Dinis e Mário (Kapa).

 

MAURÍCIAS – Nany, Vicent, Monvoisin, Jeetou e Arasan (Nicolin); Sarah, Gukoola (Julicoeur), Manie e Prosper; Ferre e Labour (Ova).

 

DISCIPLINA: cartões amarelos para Danilo e Monvoisin.

 

SALVADOR NHANTUMBO

 

 

Fonte:Jornal Noticias