“Mambas” vencem Cabo Verde (1-0)
A SELECÇÃO Nacional passou no teste com Cabo Verde, vencendo, por 1-0, em partida amigável inserida na data-FIFA, realizada na tarde de ontem, em Lisboa, Portugal.
O médio-ofensivo Clésio Baúque foi o autor do belíssimo golo, apontado aos 38 minutos, com um tiro do meio da rua após a assistência de Kambala.
Os “Mambas” entraram bem no jogo, com Ratifo a destacar-se no eixo do ataque, obrigando os defesas cabo-verdianos a muito trabalho, ora recuando à busca do jogo no meio-campo e nalgumas vezes ensaiando fugas que estremeceram a baliza adversária.
Na sua primeira incursão, aos sete minutos, galgou terreno pela direita, superando um adversário, mas ninguém reagiu ao centro. Dois minutos depois, o avançado dos “Mambas” surpreendeu o guarda-redes cabo-verdiano, um pouco adiantado nos postes, com um remate contra o poste. Falhou por pouco a intercepção ao cruzamento (de livre) tenso batido pelo esquerdino Edmilson, aos 18 minutos.
Feito isto, assistiu-se a ligeira regressão dos “Mambas”, frouxaram um pouco, abrindo espaço para que Cabo-Verde organizasse melhor o seu jogo e beneficiando, aos 23 minutos, de um livre que levou muito perigo à baliza de Guirrugo.
Os “Mambas” não foram meros espectadores e deram resposta, já com o jogo a ser disputado muito pelo meio-campo, com os cabo-verdianos a explorarem mais as alas, com cruzamentos tensos à zona. Kito fez um passe cumprido da defensiva para Clésio, no ataque, que venceu a luta com os “centrais”, mas a chutar desenquadrado com a baliza, já isolado. A estas alturas, Cabo Verde estava mais motivado, daí que não tardou para que Ricardo levasse a bola de cabeça ao travessão. A primeira parte terminou com mais um susto para os “Mambas”. Guirrugo saiu em apuros para fechar o ângulo numa progressão ofensiva dos cabo-verdianos, mas valeu a atenção de Zainadine Jr., que desviou o esférico da trajectória da baliza.
A segunda parte inicia com Guirrugo a defender uma grande penalidade, que pareceu muito forçada. O guarda-redes moçambicano esteve em evidência em várias ocasiões, anulando vários lances de golo. Neste período assistiu-se a uma forte pressão sobre o último reduto dos “Mambas”, estes que já haviam baixado as linhas, actuando em contra-ataque. Foram estrategicamente arrancando uma e outra oportunidade. Clésio chamou ao “keeper” cabo-verdiano a uma defesa apertada e, noutro lance, atirou pouco ao lado. Já no período de compensação, o seleccionador nacional, Abel Xavier, lançou para o teatro das operações o artilheiro Isac, no lugar de Clésio, e viu o seu golo a ser anulado com um “fora-de-jogo” assinalado ao limite.
Os avançados Ryan Mendes e Ricardo eram os jogadores mais inconformados nas hostes cabo-verdianas. Tentaram, de várias formas, chegar ao golo, mas o guarda-redes moçambicano manteve a sua baliza inviolável até ao fim.
Neste embate, Abel Xavier apostou no seguinte onze: Guirrugo; Kito, Zainadine Jr., Jeitoso e Edmilson (Reinildo); Kambala, Lóló, Telinho, Clésio (Isac) e Luís Miquissone (Gildo); Ratifo.
Fonte:Jornal Noticias