Mais atletas vão estagiar em Portugal
MAIS atletas vão estagiar em Portugal no âmbito do protocolo de cooperação rubricado ontem, em Maputo, pelos presidentes dos Comités Olímpicos de Moçambique (COM), Marcelino Macome, e de Portugal, José Manuel Constantino.
O acordo, com duração de cinco anos, consiste na prestação de apoio por parte de Portugal para as áreas de formação e estágios dos atletas.
Para já, alguns atletas moçambicanos vão estagiar em Portugal em preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e que se realizam em Agosto próximo. O acordo prevê a formação de técnicos e apoio aos projectos das federações desportivas nacionais.
O Comité Olímpico Português prestará igualmente apoio na formação do pessoal do COM, vai intermediar junto das federações portuguesas para intervirem nos projectos das modalidades nacionais, bem como disponibilizará material desportivo.
Por sua vez, o Comité Olímpico de Moçambique vai custear despesas para a vinda de dois técnicos portugueses para subsidiarem os nacionais em matérias de treinamento e outras. No mesmo contexto, técnicos moçambicanos deslocar-se-ão à Portugal para uma capacitação de cerca de um mês.
No âmbito do protocolo, as duas partes comprometem-se a observar os princípios olímpicos universais e respeito mútuo. Na ocasião, Marcelino Macome disse que era o último acto a acontecer na sede provisória do COM e que passará a funcionar no novo edificio a ser inaugurado dentro de sensivelmente um mês.
“O acto que acabamos de assistir é feito de quatro em quatro anos e não é o primeiro. Já tivemos acordos que permitiram aos nossos atletas deslocarem-se à Portugal para a preparação e também treinadores. Já recebemos técnicos portugueses e neste momento há uma nova componente que entra nestes acordos, que é a formação do pessoal que trabalha no COM. Outra grande novidade é que os nossos atletas paralímpicos vão estagiar em Portugal”, comentou Macome.
Por seu turno, José Manuel Constantino referiu que era o primeiro protocolo que assinava com Moçambique como presidente do Comité Português. Quanto aos termos do protocolo, disse que a obrigação do Comité Português é ajudar e cooperar dentro do que estiver ao seu alcance e no que for necessário.
“Naturalmente temos áreas da nossa vocação onde nos sentimos mais à vontade e convictos de que a nossa cooperação pode ser mais decisiva, nomeadamente a área da formação de técnicos, de documentação e de qualificação de dirigentes desportivos. A área de estágios de preparação dos atletas ou na cedência de técnicos portugueses que possam vir por algum tempo ajudar os técnicos moçambicanos a trabalhar em projectos desportivos”, anotou, acrescentado que é com sentimento de dever comprido que regressa a Portugal com a assinatura do protocolo, aguardando pela oportunidade de assistir a inauguração da nova sede do COM.
Dedicou uma singela homenagem e reconhecimento ao trabalho levado a cabo por Marcelino Macome em prol do movimento olímpico nacional e internacional, bem como a sua liderança.
Fonte:Jornal Noticias