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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Luís Guerreiro já não é adjunto dos “Mambas”

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LUÍS Guerreiro já não é seleccionador nacional-adjunto, tendo chegado a acordo com a Federação Moçambicana de Futebol (FMF) na noite de quinta-feira, na sequência de divergências com Abel Xavier, timoneiro dos “Mambas”.

 

A rescisão foi anunciada ontem em conferência de imprensa conjunta do visado e o secretário-geral da FMF, Filipe Johane, que avançou que o “divórcio” com o técnico luso foi por mútuo acordo, portanto, sem quaisquer encargos às partes.

 

Luís Gonçalves diz, em comunicado que leu na referida conferência de imprensa, que apresentou a demissão no dia 23 do mês em curso devido às divergências técnicas com Abel Xavier.

 

Existem momentos em que temos de perceber que o nosso percurso, em determinado lugar e contexto, chegou ao fim e foi exactamente o que aconteceu. Apesar da vontade de fazer parte deste projecto até ao fim, a decisão mais acertada foi esta. Agradeço a todo o elenco directivo da FMF, ao presidente Simango, que lutaram pela minha permanência neste cargo de tão elevada responsabilidade, a oportunidade que me deram.

 

No entanto, há princípios e valores dos quais não abdico e daí ter optado por sair. Quero desejar a todos os jogadores com que tive o privilégio de trabalhar e com que sempre mantive uma excelente relação profissional, também pessoal, os maiores sucessos. Termino desejando os maiores sucessos à Selecção Nacional na campanha de qualificação para o CAN-2019. Esta é minha terra, a terra onde nasci. Sou moçambicano de coração”, lê-se na mensagem de Luís Guerreiro, visivelmente emocionado.

 

Gonçalves reiterou que a sua demissão é o melhor caminho para todos, pois, “senti que não me estavam a deixar realizar o meu trabalho. Lamento ter a necessidade de tomar esta decisão, mas sempre estarei pronto para Moçambique. Tomei esta decisão com consciência e talvez com prejuízo próprio, pois, o valor da Selecção Nacional é muito maior”, sublinhou.

 

Luís Gonçalves vinha exercendo as funções de adjunto de Abel Xavier desde Fevereiro de 2016, tendo renovado o contrato em Janeiro deste ano que se prolongaria até Junho de 2019. Nas suas funções era responsável pelo “scouting” (observação e análise de jogadores); análise de adversários, estatísticas, treinamento e preparação física dos atletas.

 

Nascido a 27 de Fevereiro de 1972, em Maputo, com 24 anos de carreira como treinador, Gonçalves trabalhou largos anos na Academia de Alcochete (Sporting de Portugal) e na formação do FC Porto, onde foi treinador de juniores até 2015. Do seu curriculum constam ainda clubes como Belenenses, Estoril, Atlético, Tondela, entre outros, sempre como técnicos dos juniores, com quatro títulos conquistados.

 

Filipe Johane realçou que a FMF fez de tudo para demover Luís Gonçalves da ideia de deixar os “Mambas”, mas infelizmente não conseguiu.

 

Tudo fizemos para evitar esta rescisão, mas a vontade do treinador falou mais alto. Não conseguimos o fazer mudar de ideia desde o dia 23 quando nos apresentou o desejo de sair”, disse.

 

A relação entre Abel Xavier e Luís Gonçalves azedou depois da inesperada derrota dos “Mambas”, ano passado no Zimpeto, frente a Madagáscar, nas eliminatórias para o CAN-Interno, só que atingiu o clímax quando o seleccionador nacional excluiu o seu adjunto da comitiva que se encontra na África do Sul a disputar a Taça COSAFA.

 

 

Fonte:Jornal Noticias