OS jogadores do 1.º de Maio de Quelimane ameaçam não jogar diante da ENH na próxima jornada do Moçambola (29.ª), reivindicando quatro meses de salário em atraso.

O protesto dos “trabalhadores” já vem de há duas semanas, tendo estes ameaçado não viajar a Maputo para defrontar o Maxaquene no último domingo. No entanto, a direcção convenceu-os, prometendo que a situação seria resolvida, algo que não chegou a acontecer.

A verdade é que os jogadores sentem-se de alguma forma enganados pelas constantes promessas de pagamento de salários em atraso. Dizem estar a passar por uma situação de pedintes, pois têm famílias para sustentar e rendas por pagar, correndo o risco de ficarem sem tecto.

Entretanto, o vice-presidente da colectividade, Mpia Mputu, assegura que a direcção está a trabalhar no assunto e acredita que os salários serão regularizados, sem no entanto indicar datas para a resolução deste imbróglio.

“Estamos a trabalhar no assunto. Contactámos algumas pessoas. Há promessas de que nos vão ajudar a sair desta situação, mas é difícil dizer quando, porque não dependemos apenas de nós”, disse.

Mpia Mputu refere que há muita gente a tentar dramatizar o caso, olhando só para o que é negativo, ignorando o que de positivo o clube vai fazendo, apesar das dificuldades. “É verdade que temos os salários em atraso, mas ainda conseguimos pagar os prémios de jogo. Por vitória cada jogador recebe cinco mil meticais e por empate três mil. Temos todos os prémios em dia, mas ninguém fala disso. É sempre mais fácil criticar…”, afirmou.

De referir que o 1.º de Maio ainda não tem a manutenção assegurada no Moçambola, ocupando neste momento o 12.º lugar, com 32 pontos, mais seis que o Chingale, que tem um jogo a menos.

Fonte:Jornal Noticias