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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Gigantes transitam

 

 

COSTA do Sol e Liga Desportiva de Maputo qualificaram-se para fase nacional da Taça de Moçambique ao vencerem o Desportivo (3-2) e Matchedje (2-0), respectivamente,  confirmando o rótulo de favoritos.

 

Vulcano também seguiu em frente ao vencer o Nacional, por 1-0. Recorde-se que na terça-feira, na partida que abriu a eliminatória, o Maxaquene bateu o Estrela Vermelha, por 3-1. Fica adiado para uma data a anunciar o Ferroviário-Águias Especiais.

 

O Costa do Sol sofreu a bem sofrer para levar de vencida o Desportivo. A equipa “alvi-negra” surpreendeu ao entrar ao ataque e aos dois minutos já ganhava. Eugénio, na sequência de um desentendimento entre o defesa Chico e Txando, aproveitou para gelar as bancadas do Costa do Sol. Mas a festa dos “alvi-negros” durou pouco tempo, já que os “canarinhos” chegaram ao empate através de um livre. Kito cruzou e Chico, livre de marcação, cabeceou certeiro, perante o desespero do treinador Erasmo Ceifane, que tanto apelou para a marcação.

 

Que início de jogo electrizante. Em quatro minutos, dois golos. Nas bancadas o público estava animado. Queria ver mais golos e Malate fez  a vontade dos adeptos do Desportivo. Com um cabeceamento imparável voltou a balançar as redes de Txando. Com um esquema de jogo arrojado, estavam lá os “alvi-negros” dispostos a contrariarem o favoritismo “canarinho”. Feridos na alma e no orgulho, os treinados de Nelson Santos puxaram dos galões e por pouco restabeleciam a igualdade. O gigante ganês Idrissu quis colocar a bola junto ao poste, mas acabou tirando mal as medidas da baliza de Stefane. Idrissu não desistia. Estava motivado após o golo apontado diante da UD Songo no último domingo para o Moçambola.

 

Há um penalte a favor dos “alvi-negros” a castigar falta de Aguiar sobre Malate. O árbitro não hesitou em apontar para a marca da grande penalte. A responsabilidade da marcação estava do lado de Eugénio, autor do primeiro golo, mas que desta vez perdeu no duelo com Txando, que bem adivinhou para o lado onde ia a bola. O Desportivo perdia uma soberana oportunidade de aumentar a vantagem. Pela forma como a equipa “alvi-negra” se exibia, parecia ser a de primeira linha e não ao contrário como se previa. A verdade é que o Costa do Sol se pode dar por satisfeito por não ter saído a perder por mais, já que fazia muito pouco para empatar enquanto os visitantes ficaram mais perto do 3-1, quando Milton atirou à trave.

 

Na segunda parte,  a turma “alvi-negra” baixou as linhas, oferecendo a iniciativa de jogo ao Costa do Sol que não encontrava argumentos para esboçar uma jogada com princípio, meio e fim. Só de bola parada, na marcação de um livre é que criou apuros. Isac obrigou Stefane a uma defesa para canto. Apesar de não encontrar o caminho para gizar a baliza adversária, o Costa do Sol continuava a acreditar que era possível chegar ao golo e foi numa situação de bola parada, desta feita, na marcação de um pontapé de canto que os “canarinhos” chegaram ao empate. Chico elevou-se mais alto e cabeceou certeiro, fazendo o seu segundo golo e acima de tudo evitando uma eliminação da sua equipa, pelo menos no período regulamentar.

 

Logo no início do prolongamento, o Desportivo poderia ter marcado. Dinis, isolado, chutou para a defesa da tarde de Txando, na jogada relevante dos primeiros 15 minutos. O último quatro de hora foi de sonho para o Costa do Sol, visto que no primeiro minuto passou para a frente no marcador com um golo outra vez de cabeça de Mbulu, com Kito a fazer um cruzamento com conta, peso e medida.

 

O Desportivo ainda tentou correr atrás do prejuízo, mas já não tinha discernimento para evitar a eliminação.

 

FICHA TÉCNICA

 

ÁRBITRO: Paulo Jones, auxiliado por Ivo Muiambo e Chadeque Cumbe. Quarto árbitro: Jorge Chavane.

 

C. SOL:  Txando; Aguiar (Manucho), Gerson e Chico; Lolo, Dito, Kito,  Artur (Ruben) e Isac; Lineker e Idrissu (Mbulu).

 

DESPORTIVO: Stefane; Beto, Luís, Alexandre e Marcoa; Malate, Milton, Dário e Arsénio (Dinis); Eugénio (Dinho) e Stélio (Milagre).

 

DISCIPLINA: Cartões amarelos para Dito, Eugénio e Marcoa.

 

IVO TAVARES

 

 

Fonte:Jornal Noticias