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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Frustração total!

 

AS delegações participantes nesta XI edição dos Jogos Africanos deixam Brazzaville bastante frustradas. Os motivos? É que ninguém sabe em que posição ficou no quadro do medalheiro geral e nem onde será a próxima edição desta que é a olimpíada africana. Sinceramente que ninguém estava à espera, depois destes longos dias de sofrimento, sair daqui de Brazzaville sem saber em que lugar ficou na classificação geral e muito menos o vencedor da prova e quem será o anfitrião dos próximos jogos.

 

É deveras frustrante para os chefes das delegações que todos os dias se deslocam à Comissão Organizadora dos Jogos Africanos (COJA) ou contactam a direcção deste organismo para, no mínimo, terem a ideia do seu posicionamento na classificação geral, nem que seja a título provisório.

 

Os jornalistas que acompanham as respectivas comitivas também já não sabem o que enviar para os respectivos órgãos de comunicação social acerca do assunto. Ainda no sábado, no período da manhã, antes da cerimônia de encerramento, à noite, muitos foram dar à sede do COJA à procura de informações. Mas também saíram de lá frustrados e exaltados, inclusivamente a mandarem bocas.

 

Entretanto, um dos membros do COJA, com quem dialogámos, disse-nos, por exemplo, para contabilizarmos as nossas medalhas, metermos nas malas e chegado o dia da viagem seguirmos o nosso caminho de regresso à casa, porque o quadro de medalhas não existe e talvez nem existirá daqui a um ano.

 

Este pronunciamento e tantos outros deixam claro que estes Jogos foram péssimos a nível de organização. A mesma fonte explicou que em nenhum momento foi criado um banco de dados para o lançamento das medalhas que fossem conquistadas ao longo da prova. E que tudo era feito manualmente, e alguns registos se foram perdendo com o tempo. Aliás, essa explicação não nos surpreendeu, uma vez que mesmo as acreditações ocorreram em dois momentos, primeiro manualmente e depois via electrónica.

 

O local de imprensa, com um edifício enorme de três pisos, construído para servir aos jornalistas, nunca chegou a funcionar. As salas em nenhum momento abriram as suas portas e sempre nos disseram que o material electrónico estava a caminho. Pelo que estes Jogos vão ficar na memória de todos que aqui estiveram pelo seu lado negativo na organização e pelo lado positivo nas infra-estruturas de ponta construídas para o efeito.

 

TÍTULOS DE BÁSQUETE PARA ANGOLA E MALI

 

AS selecções de Angola, em masculinos, e do Mali, em femininos, conquistaram, na noite de sexta-feira, o torneio de basquetebol destes Jogos. O Mali, que foi carrasco de Moçambique logo na primeira jornada da fase de grupos, foi paulatinamente dominando a primeira fase ao fim da qual terminou em primeiro lugar.

 

Na segunda fase, o do "mata-mata", ou seja a eliminar, o Mali foi impondo o seu poderio, chegando a final com todo o mérito.

Enquanto a Nigéria, que ta

mbém esteve no grupo de Moçambique na fase preliminar, e saiu vitorioso, foi demonstrando algumas fragilidades na etapa subsequente, vencendo, em algumas vezes, sem convencer, e acabou chegando à final também com algum mérito.

 

Porém, tal como Moçambique, a Nigéria está a renovar a sua equipa, e apareceu com muitas caras jovens e desde já se adivinhavam dificuldades diante do Mali, que tem uma equipa bastante coesa e equilibrada.

 

O Mali, com o apoio do seu público que ocupava maior parte das cadeiras do pavilhão, acabou vencendo com muita naturalidade, por 73-57, depois do 17-10, 30-26 e 51-43 nos três primeiros períodos. Em terceiro lugar, portanto com medalha de bronze, ficaram as angolanas, que bateram o Senegal no encontro de apuramento desta posição.

 

Já em masculinos, Angola entrou demolidora frente ao Egipto. Aproveitando-se da habilidade e técnica dos seus jogadores - excelentes lançadores de triplos - os angolanos foram enchendo o saco ao ponto estarem a ganhar aos seis minutos do primeiro período por 16-0, altura em que os egípcios conseguiram os dois primeiros pontos.

 

O primeiro período terminou com Angola a vencer, por 24-8. Porém, foi a partir do segundo período que os egípcios se impuseram com toda força. Colocaram em campo todos os seus jogadores mais possantes e altos. Bloquearam todas as linhas de passe e de lançamento. Pressionaram em baixo da tabela, tanto na ofensiva, como na defensiva. E daí em diante foram reduzindo a desvantagem até 10 pontos de diferença (39-29) no intervalo.

 

Mas os angolanos reencontraram-se e controlaram os dois últimos períodos, acabando por conquistar o torneio com uma vitória de 10 pontos de vantagem (83-73). Assim, Angola, em masculinos, e Mali, em femininos, saem destes Jogos com ouro no basquetebol. Recorde-se que Moçambique terminou a competição em quinto lugar, em masculinos, e em sexto, em femininos.

 

SENEGAL E GANA DOURADOS NO FUTEBOL

 

O SENEGAL, em masculinos, e o Gana, em femininos, ficaram com o ouro no futebol. Tanto o Senegal como o Gana venceram pelo mesmo "score" de 1-0 nas respectivas finais frente ao Burquina Faso e Camarões, respectivamente.

 

Entretanto, apesar da equipa da casa, em masculinos, ter ficado fora ainda cedo deste torneio, ao perder com o Zimbabwe, por 1-0, o público continuou a acorrer em massa aos campos de jogos.

 

Fonte:Jornal Noticias