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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Formação preocupa desportistas de Tete

 

FORMAÇÃO, por um lado, no tocante às camadas mais jovens; e, por outro, na promoção de cursos para a elevação do nível dos treinadores, árbitros, gestores e dirigentes, figura no centro das preocupações dos desportistas de Tete, os quais afirmam que a ausência desta componente acaba por minar o desenvolvimento harmonioso do desporto naquela província.

 

Num debate havido em Moatize, no decurso de um encontro com o Ministro da Juventude e Desportos, Alberto Nkutumula, que semana transacta visitou aquele ponto do país, os participantes, na sua maioria, referiram-se ao facto de os principais clubes da província somente se limitarem ao futebol, designadamente os seniores, em detrimento dos escalões de formação.

 

Como resultado disso, segundo sustentou um dos participantes, os clubes, quando confrontados com competições como o Moçambola vão buscar jogadores noutras províncias em detrimento do “enorme potencial que a província possui, contribuindo assim para o desânimo dos nossos talentos”.

 

Nesta esteira, foi referido que a província precisade trabalhar seriamente nos escalões de formação, incentivando o desporto nas escolas, até porque estas possuem infra-estruturas desportivas, só que em muitos casos estão subaproveitadas. “A cadeia desporto escolar-alta competição é deficitária. Há uma grande descontinuidade e os talentos saídos dos Jogos Escolares perdem-se e, consequentemente, perdemos toda uma juventude que podia nos prestigiar como província”.

 

Mordaz, um dos presentes no encontro, disse que o nosso desporto enferma de uma grave doença: a dos dirigentes pára-quedistas nos clubes, nas associações e nas federações

 

O Governo deve agir para estancar este malfadado fenómeno, que contamina o desenvolvimento do desporto nacional, pois essas pessoas estão no desporto como trampolim para outras áreas, nomeadamente a política. Por isso, urge rever-se o perfil dos dirigentes, isto é, quem efectivamente deve ser dirigente desportivo, sob pena de continuarmos, impávidos e serenos, a assistir à morte do nosso desporto”, vincou.

 

Relativamente à formação de treinadores, destacou-se o facto de a província não beneficiar de cursos há bastante tempo, o que limita a sua capacidade de resposta face ao avanço quotidiano das metodologias de treinamento, tácticas, preparação física, etc.

 

Esta questão da actualização e da elevação do nível não afecta somente a classe dos treinadores. Também dos árbitros, os gestores e os dirigentes desportivos passam pela mesma situação, daí o grito de socorro no sentido de o Ministério da Juventude e Desportos, juntamente com as federações desportivas nacionais, tomar em conta este aspecto.

 

Usando da palavra perante uma plateia em que se reconheciam gratas figuras do desporto tetense, Alberto Nkutumula afirmou que apesar de os problemas que grassam o nosso desporto serem muitos a verdade é que tanto o Governo como as empresas, públicas e privadas, apoiam em muitos milhões de meticais, porém, nalguns casos não existe seriedade por parte dos dirigentes e dos gestores desportivos.

 

Cruzam os braços à espera que o Governo lhes dê dinheiro, eximindo-se da sua responsabilidade entanto que dirigentes que, no afã de serem eleitos, fizeram muitas promessas. Mas a chave para a solução de todas estas questões está nas mãos de todos nós. Por isso aconselhamos os desportistas de Tete a manterem diálogo permanente entre si (movimento associativo, Governo e empresariado), para em conjunto encontrarem as melhores soluções visando o desenvolvimento do desporto na sua província”, concluiu

 

 

Fonte:Jornal Noticias