Ferroviários em alta!
Nesta ronda, uma nota saliente vai para o facto de, à semelhança do que aconteceu na abertura, os pontapés livres à meia distância terem estado a ser bem executados. Na Machava, por exemplo, um irrepreensível pontapé de livre directo, apontado por Timbe, abriu a contagem. Ao longo da partida houve mais dois bem executados, a favor dos donos da casa, e que embateram na trave.
“Joga-se” mais fora do que dentro
De uma forma geral, este início de campeonato tem gerado mais motivos para comentários fora do que dentro das quatro linhas. Às inflamadas declarações de Arnaldo Salvado na sua deslocação a Vilanculos na 1.ª jornada, juntam-se agora aos descontentamentos de João Chissano e Chiquinho Conde, face às cansativas e desorganizadas deslocações a Maputo. E como se não bastasse, o treinador do Ferroviário de Nampula, que viu a sua equipa dominar sem conseguir marcar por manifesta infelicidade, teve que ser escoltado, face aos apupos dos adeptos que já pedem o seu despedimento.
De uma forma geral, vê-se que o início titubeante da temporada tem a ver com as longas deslocações e os imprevistos. O público, como nas provas anteriores, tem marcado presença em massa em todos os campos do país, à excepção do que acontece nos bem apetrechados campos de Maputo.
Pela positiva, registem-se as boas actuações dos árbitros, pelo que não se registaram até agora casos polémicos.
Poucos golos
A emoção, que é o sal e pimenta do desporto-rei, tem sido intermitente, também pelo facto de se estar a marcar poucos tentos, neste caso 19, o que equivale a uma média de 2,25 golos por jogo. Mérito dos defesas ou demérito dos avançados? Pelo número de vezes em que as equipas invadem as áreas contrárias e pela quase ausência de desequilibrados claramente em início de época, o capítulo da finalização deve orientar a agenda dos técnicos, de forma a que o Moçambola se aproxime das médias de conversão dos grandes campeonatos do continente e do mundo.
Fonte:Opais