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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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FERROVIÁRIO DE PEMBA, 0- HCB, 1: Dois vermelhos e dois amarelos

O JOGO não parece ter sido muito violento para tantas admoestações, mas Dionísio Dongaze teve esse saldo no jogo entre o Ferroviário de Pemba e o HCB, em que a última equipa saiu vencedora graças à sua própria clarividência, ante os “locomotivas” que ainda não saborearam a vitória!

 

Já se adivinhava que haveria cartões vermelhos quando o árbitro da partida muito cedo enveredou pela punição imediata, quando ainda as equipas estavam a se conhecer, o que prenunciava a possibilidade duma possível acumulação de amarelos, quando mais a frente houvesse de facto a necessidade de mostrar as cartolinas. Foi o que aconteceu com Djuma, do Ferroviário, vítima do primeiro cartão, quanto a nós evitável e à segunda deu na sua expulsão, dois minutos depois de ter tido a mesma “sorte” o médio Tony, dos forasteiros, que recebeu vermelho directo.

 

Fora isso, o jogo começou com uma pressão considerável da HCB, principalmente nos primeiros três minutos que daria um golo madrugador, em função da confusão criada na defensiva pembense, que só não aconteceu porque o guardião local, Sozinho, não o permitiu.

 

Aos 24 minutos as coisas acabariam por se equilibrar, com perigo para cá e para lá, além de lances de belo efeito à mistura, de lado a lado. Mesmo nesta toada, podia-se ver que nas bandas “locomotivas” faltavam ideias depois de alcançar a grande área.

 

Aos 33 minutos, Sassi era o homem do momento que era responsável pela desestabilização da defensiva do Songo, do que resultou em dois cantos sucessivos, que, entretanto, acabaram em nada! Palmas para Sassi, Megas, Atanásio e Dário, do Ferroviário; e Payó, Nicholas e Mucapela, do planalto de Tete, nesta passagem do jogo, mas, mesmo assim, o intervalo viria sem abertura de contagem.

 

No reatamento, de novo Sassi ameaça com um portentoso remate à meia distância que culminou com uma defesa incompleta e na recarga acabou não acontecendo nada que se esperava: o golo, cada vez atrasado, quando as condições estavam todas criadas.

 

Eis que a HCB percebe que o jogo poderia terminar no nulo que prevalecia, nada abonatório, pelo que utiliza o primeiro quarto de hora da segunda parte inteiramente para enviar para Pemba todos os quilowatts de que dispunha na tentativa de electrocutar os anfitriões, obrigando Hilário Manjate a uma arriscada substituição: tirou dois de rajada, nomeadamente Sassi, para a entrada de Stélio e Dário, para dar lugar a Bento.

 

Não parece ter sido feliz, pelo menos no que a Sassi diz respeito, que, apesar da sua aparente indecisão nas pernas, é na verdade o cérebro do meio-campo e, como aconteceu no jogo com o Estrela Vermelha da Beira, logo depois de sair veio o único golo dos hóspedes, desta vez apontado por Félix, que substituira Mauro, isso aos 18 minutos da etapa conclusiva.

 

O resto é aquilo que se sabe quando uma equipa perde em casa, no nosso caso. Os espectadores são mais um factor contra a equipa anfitriã, infelizmente, porque se intrometem no decurso do jogo. Mais histórias não houve, na tarde deste domingo.

 

FICHA TÉCNICA

 

ÁRBITRO: Dionísio Dongaze, auxiliado por Ali Raja e Raimundo Artur. Quarto árbitro foi Abdul Pinheiro.

 

FERROVIÁRIO DE PEMBA: Sozinho; Sassi (Stélio), Djuma, Guelvas e Atanásio, Megas, Albachir, Dário (Bento) e Muerufe (Dalove); Siaca e Isaías.

 

HCB: Bruno; Payó, Caló, Tony e Jacobe (Macha); Mauro (Félix) Gervásio, Danga, Febrice; Nicholas e Mucuapele.

 

ACÇÃO DISCIPLINAR:Vermelho para Tony (HCB) e Djuma (Ferroviário de Pemba, por acumulação de amarelos) e amarelos para Payó e Jacobe (HCB) e Muerufe (Ferroviário de Pemba).

 

PEDRO NACUO

 

 

Fonte:Jornal Noticias