FERROVIÁRIO DE NACALA, 0 - FERROVIÁRIO DE MAPUTO, 2: Fragilidades dos locais bem aproveitadas
Entroumelhor no jogo a equipa da casa, que aos 28 segundos da partida poderia ter aberto o marcador, num lance de contra-ataque que apanhou desprevenida a defensiva contrária, mas por simples falta de sincronização entre Binó II e Joca no interior da pequena área e com a baliza totalmente desguarnecida este último atira para fora. Mais adulto foi o Ferroviário de Maputo, que soube aproveitar as fragilidades do seu “filho
”.
Este lance logo no início da partida espevitou a rapaziada treinada por Sérgio Faife, que acreditou que poderia fazer muito mais, tendo Bheu aos 23 minutos atirado rente à trave na cobrança de um livre, para depois Ozias, aos 28’ do mesmo período, numa situação igualmente privilegiada, atirar para fora.
Ciente da pressão a que estava sujeito, o Ferroviário de Maputo recuou no terreno e assentou o seu jogo em bloco, privilegiando a rotação da bola de jogador para jogador, na tentativa de furar a muralha defensiva contrária, que até então se mostrava sólida.
Até ao intervalo a única jogada de perigo que o Ferroviário de Maputo efectuou foi aos 42 minutos, num disparo de Diogo que passou ao lado do poste da baliza defendida por Binó I, numa altura em que os pupilos de Vítor Pontes adoptaram um jogo de contenção que lhes valeu ir ao intervalo com nulo a prevalecer no marcador.
Já no reatamento a história do jogo mudou completamente, com a entrada fulgurante dos visitantes, que aos 51 minutos obrigaram o guardião Binó I a uma defesa de recurso para canto. Mas tardou muito, fazendo jus ao jogo ascendente dos “locomotivas” da capital, que abriram o activo com golo de belo efeito de cabeça de Muandro, quando estavam jogados 57 minutos da contenda.
Lógico, após este golo o desespero se apossou dos locais, que passaram a jogar de forma descontrolada e sem eira, nem beira. Com mais maturidade o Ferroviário de Maputo viria a dilatar o marcador, aos 74 minutos, por intermédio de Diogo, deitando abaixo todas as esperanças de uma reviravolta dos locais.
Estevão Matsinhe, que dirigiu o encontro auxiliado por Salomão Filipe e Domingos Machava, realizou um bom trabalho.
Ficha Técnica:
Árbitros: Estevão Matsinhe, auxiliado por Salomão Filipe e Domingos Machava.
Ferroviário de Nacala - Binó I; Bheu, Silva, Zé Rasta (Norberto) e Micas; Ozias, Manecas, Megas e Joca (Chelito); Binó II (Valter) e Marrufo.
Ferroviário de Maputo – Germano; Muandro (Chadreque), Vasil (Manucho), Timbe e Calima; Danga, Jeitoso, Chico e Macha; Edmilson e Diogo (David).
Acção disciplinar: Amarelos para Zé Rasta, do Ferroviário de Nacala, Danga e Muandro, ambos do Ferroviário de Maputo.
LUÍS NORBERTO
Fonte:Jornal Noticias