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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Ferroviário de Maputo vence UD Songo

Ferroviario de Maputo  (1).jpg

 

O Ferroviário de Maputo recebeu e venceu a União Desportiva de Songo por 3-1 e complicou as contas do título dos "hidroeléctricos", que assim precisa de vencer na quarta-feira para poder pensar na conquista. O resultado beneficia o Costa do Sol, que só precisa de vencer para conquistar o título.

Foi um jogo com tudo dentro das quatro linhas. O Ferroviário de Maputo queria vencer para consolidar, de forma definitiva a terceira posição, enquanto a União Desportiva de Songo também procurava os três pontos para deixar tudo bem em aberto para o jogo de quarta-feira, diante do Costa do Sol.

Talvez por isso os " hidroeléctricos" teriam entrado nervosos e, por isso, sofreram cedo o primeiro golo, Alain a aproveitar um passe de mestre de Diogo, para abrir o livro.

Só que a reacção da União Desportiva de Songo não foi como era esperado, já que continuava tímida e sem perigo nenhum para as hostes "locomotivas".

Aliás, basta dizer que Daúde Razaque usou um sistema pressionante para o seu adversário, com um 4x3x3 que foi mortífero para o seu adversário, perante um Songo que não acertava em nenhum sector do campo. Frank Banda e Amadou eram duas pedras que não ajudavam no objectivo da equipa, uma vez que estavam "fora-de-jogo".

Diogo: o jogador...

Ainda na primeira parte houve uma hecatomba no Estádio da Machava, quando Diogo aproveita um mau alívio de Jonh Banda, e de fora da área, desferiu um remate para o canto superior esquerdo da Baliza de Leonel, que nada podia fazer e viu a bola anichar-se no fundo das malhas. Um golaço só visto nas europas!

Mesmo estando a vencer por duas bolas sem resposta, o Ferroviário de Maputo não baixou as linhas e continuou a pressionar e só não marcou mais porque Uche e Alain não acertavam. 

Do outro lado Telinho era a cara da falta de energia, uma vez que teve duas soberbas oportunidades de marcar, todas elas desperdiçadas de forma inconcebível para um jogador que até muito recentemente deu duas vitórias aos Mambas. Primeiro num cabeceamento ao lado e, depois, sozinho a frente de Franque, a rematar ao lado.

Quando o intervalo chegou, o jogo estava tão electrizante que os adeptos aumentaram as expectativas para a segunda parte.

Songo espevitado, mas Ferroviário eficiente

Nessa etapa final, o jogo ainda começou fraco, com a bola a ser maltratada, e era preciso assentar o jogo. Havia muito tempo para se jogar e não havia motivos para a UD Songo desfalecer. E foi o que fez. Não desfaleceu e acabou chegando ao golo de honra, numa desatenção da defensiva do Ferroviário de Maputo, que permitiu a Jonh Banda redimir-se do mau alívio que deu o golo a Diogo.

Pensava-se que era o relançar do jogo e do resultado, mas sol de pouca dura, uma vez que cinco minutos depois Kito tratou de desfazer os equívocos. Remate cruzado do maquinista Kito, a provar a Luís Gonçalves, que estava na tribuna, que as constantes chamadas a selecção não obra do acaso, mas sim fruto de muito trabalho. Levantou os adeptos nas bancadas e na tribuna e confirmou o resultado final.

Nem mesmo as substituições efectuadas pelos dois treinadores mudaram os acontecimentos em campo, já que o 3-1 para o Ferroviário de Maputo não mais se desfez.

As duas equipas tem encontro marcado para o dia 11 deste mês, num campo neutro (mas não numa cidade neutra), para a final da Taça de Moçambique. Os dois treinadores foram claros em afirmar que este jogo não terá nada de igual, com o que vai decorrer no Estádio Nacional do Zimpeto.

Quando a eficâcia se sobrepõe à pressão

Os "hidroeléctricos" entraram para este jogo pressionados pela possibilidade de qualquer resultado poder influenciar o seu futuro e, daí, ter estado tremido, tal como reconheceu Nacir Armando no final do encontro. Foi uma União Desportiva de Songo que não se reconheceu em campo, falhando nos momentos e nos sectores cruciais, permitindo os golos do seu adversário. Um Ferroviário de Maputo que foi bastante eficaz neste jogo, pois dos sete remates que fez a baliza de Leonel, três foram direccionados a baliza e deram em golo. 

A União Desportiva de Songo só se pode queixar de si mesmo por não ter sido mais astuto neste jogo e não sido mais determinado para alcançar um outro resultado. Assim terá que aguardar pela quarta-feira, diante do Costa do Sol, para saber se continua a sonhar com a revalidação do título.

Facto mesmo é que os "hidroeléctricos" precisam vencer para sonhar. Em caso de derrota, os festejos vão o ninho do canário e, em caso de empate, os "canarinhos" encomendam as faixas para festejar, em Nampula, na última jornada.

Contas abertas, mas com o decisivo jogo da quarta-feira a ser esperado com muita expectativa, para se conhecer o vencedor do título nacional.

Rival apoiou rival

O jogo de ontem teve outra particularidade: é que para além dos adeptos do Ferroviário de Maputo, os treinados de Daúde Razaque tiveram um forte apoio dos rivais da capital do país, nomeadamente o Costa do Sol, Desportivo Maputo e Maxaquene, que  queriam que os três pontos ficassem na capital.

Interessava aos "canarinhos" que o Ferroviário vencesse para que estivessem mais tranquilos no jogo de quarta-feira, por isso estavam la, desde os dirigentes do topo, a equipa técnica, os jogadores e os adeptos a apoiarem o rival, para conquistar os três pontos. E por isso houve muita festa nas bancadas, e com muitas cores.

 

Fonte:Opais