BASTANTE fácil! É assim que se pode descrever a vitória do ferroviário ontem diante da apagada turma da ENH de Vilankulo. Não se sabe se a equipa de inhambane terá facilitado, mas em benefício de dúvida há que se dar mérito aos comandados de Vitor Pontes.

O jogo começa com o Ferroviário a procurar justificar o favoritismo aos três pontos, mas a ENH consegue dar réplica, joga taco-a-taco como quem não tem nada a perder.

A partir do primeiro quarto de hora os ‘’locomotivas’’ começaram a assumirem as despesas do jogo, a ENH baixa as linhas, toda a equipa joga atrás da linha da bola. Isso de certa forma facilitou as coisas para o Ferroviário que se instalou no meio-campo contrário. Para agravar o cenário, duas contrariedades para a turma de Inhambane com duas substituições antes da primeira meia hora por lesões e um ‘’vermelho’’ sobre o intervalo.

As jogadas ‘’locomotivas’’ eram a partir deste momento bem desenhadas, mas no último terço do terreno nada saia á contento.

É neste contexto que Diogo, um dos mais criativos jogadores ‘’locomotivas’’ procurou explorar o se potencial individual e aos 25 minutos ‘’rasgou’’, pela esquerda, a defensiva ‘’hidrocarboneta’’ já na entrada da área fez um centro para uma defesa incompleta de Abdul.

Na recarga surge Dangalira, que com mestria tira um contrário de caminho, antes de rematar para o 1-0.

Com o golo, o Ferroviário ganhou mais acutilância, ‘’arrendou’’ o meio-campo da ENH e o segundo não tardou. Diogo, do meio da rua remata forte sem hipóteses para Abdul, 2-0, grande momento de futebol na Machava.

Numa jogada aparentemente inofensiva, a ENH reduziu a desvantagem. Sandi, no meio de dois defesas ‘’locomotivas’’, recebe um centro com o peito e remata de primeira para um bonito golo, aos 36 minutos.

Um golo que galvanizou a equipa que um minuto volvido quase chegava ao empate através de um forte tiro de Sergito para a defesa atenta de Germano.

Afinal era sol de pouca dura, ou seja, acabou-se aí a ENH. O Ferroviário dilatou o ‘’score’’ aos 40 minutos. Livre na direita Diogo centra e Chico aparece sozinho na cara do guardião Abdul para fazer o 3-1, aos 40 minutos.

Foi-se ao intervalo com este resultado. No reatamento o jogo perde qualidade, mas continua ao ritmo do ferroviário. Entretanto, a ENH que faz o primeiro ataque perigoso, com Hilário a ver o seu remate a ser devolvido pelo poste, aos 55 minutos. Seis minutos depois Maurício revelou falta de pontaria quando rematou ao lado, com tudo para o 4-1.

Aos 65 Calima tentou de longe, mas o seu remate saiu desenquadrado. Já no fim surge o ‘’furacão’’ Lewis. Saíram do avançado zambiano o quarto e quinto golos.

 Aos 82 minutos, depois de um excelente trabalha de Barrigana na direita surge ao segundo poste para fazer o 4-1. Barrigana, pouco depois, quase dava gosto ao pé, mas viu o seu remate a ser tirado sobre a linha do golo por Cândido. Lewis bisou aos 86, de novo, Barrigana, numa jogada á papel químico, mas desta vez a finalização foi com o pé.

O resultado espelha o domínio ‘’locomotiva‘’ e problemas defensivos graves da ENH. O árbitro fez um bom trabalho.

FICHA TÉCNICA

ÁRBITRO: Filimão Filipe, auxiliado por Olívio Adriano e Adão Tchucana. Quarto foi Simão Guambe

FERROVIÁRIO DE MAPUTO: Germano; Chico, Jeitoso, Calima (Barrigana), Edmilson, Muandro (Jair), Diogo, Dangalira, Lewis, Timbe e Maurício (Manucho).

ENH: Abdul; Moses, Jorge, Kigongo (Hilário), Betinho (Pires e depois Matlombe), Sergito, Sandi, Eunésio, Cândido, Tawinha, Abílio e Dionísio.

DISCIPLINA: amarelos para Hilário, Moses e vermelho para Sandi (ENH). Amarelos para Calima e Chico (Ferroviário).

Fonte:Jornal Noticias