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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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FERROVIÁRIO DA BEIRA A UM PÉ DO TÍTULO

 

O FERROVIÁRIO da Beira venceu, na noite de ontem, o seu homónimo de Maputo, por 73-64, no terceiro embate da final do "Nacional" de Basquetebol Sénior Masculino que se disputa num play-off a melhor de cinco jogos.

 

Com este triunfo, os beirenses passam a ter uma vantagem de 2-1, o que lhe confere o direito ao título em caso de nova vitória esta noite. Já a formação da capital do país é obrigada a ganhar para empatar a final e adiando a decisão do título para quinto e último encontro.


Num jogo viril, sobretudo no último período, as duas formações entraram com algum receio, mais calculistas, arriscavam menos, ensaiando as jogadas com todo o cuidado. O Ferroviário de Maputo tentou explorar o jogo exterior dado que a turma da Beira defendia-se à zona, mas foi infeliz. Apenas uma, das várias tentativas, é que surtiu efeito.

 

Porém, a turma da capital estava a essas alturas melhor no jogo, embora falhasse na finalização e nalguns lances de forma inacreditável. Os beirenses, como sempre, confiaram no seu colectivo, apesar de terem um Jimmy Williams capaz de, individualmente, desatar o nó e tudo o que fazem parece estar devidamente sincronizado, daí a solidariedade  sempre que os planos não dessem certo. E porque a união é que faz a força, como alerta o velho ditado, os "locomotivas" do Chiveve sairam da primeira etapa com vantagem de quatro pontos, 17-13.

 

No segundo período, o Ferroviário da Beira deu uma verdadeira lição de basquetebol ao adversário. Nazir Salé deu-se ao luxo de poupar a sua estrela-mor, Jimmy Williams, deixando a equipa sob o comando de um inspirado Octávio Magoliço que quer no jogo exterior, quer no interior só somava pontos. Por outro lado, o técnico dos beirenses lançou Fernando Manjate e Ismael Nurmamade para darem consistência que a equipa não tinha no primeiro período com Jimmy Williams e Armando Baptista.

 

O Ferroviário de Maputo quase que não existiu naqueles 10 minutos que foram determinantes no resultado final. Augusto Matos e o espanhol Bojan Sekicki tentaram rematar contra a maré, mas debalde, a equipa não estava articulada, cometia erros no capítulo defensivo e continuava com problemas de finalização. Como corolário, os "locomotivas" da Beira dilataram a vantagem para 18 pontos, 37-19.


No terceiro quarto entrou melhor a turma da capital do país, conseguindo pontos de rajada. A situação enervou os beirenses que começavam a ter dificuldades para assentar o seu jogo. Nazir Salé viu-se obrigado a lançar a sua "jóia", Jimmy Williams, que rapidamente travou a avalanche da equipa de Maputo. Mais do que isso, o nigeriano foi um carrasco para a formação comandada por Milagre Macome. Só nesta etapa fez 11 pontos e muitas assistências que colocaram os beirenses com uma vitória parcial de 14 pontos, 59-45.


O resultado deixava o Ferroviário de Maputo com uma missão hercúlea para o último período, etapa marcada por muitas contestações de parte a parte das decisões da arbitragem. A formação da capital apertou, reduziu e o jogo ficou  frenético. Vibra-se nas bancadas e na quadra os atletas disputam os lances como se fossem os últimos das suas vidas.

 

 O desafio foi interrompido a um minuto e 30 segundos do fim, com seis pontos de diferença (66-60), beirenses no comando, mas a incerteza quanto ao desfecho continua. Um triplo de Elton Ubisse (a um minuto e 10 segundos do fim) para os "locomotivas" de Maputo relança o despique, mas logo a seguir Jimmy conseguiu três pontos que praticamente "mataram" o jogo, faltavam 46 segundos e são sete pontos de diferença, posteriormente aumentados para nove (73-64).

 

O Ferroviário da Beira vencia desta forma o segundo jogo dos três já realizados referentes à esta final. Hoje, caso vença, sagra-se campeão nacional pela terceira vez na sua história, depois dos êxitos de 2012 e 2014. 

  
FICHA TÉCNICA


ÁRBITROS: Sélio Chiau, Guideon Matsinhe e Guilherme Júnior.

 

FER. BEIRA: Fernando Manjate; Armando Baptista, David Canivete, Policardo Zambeze, Ismael Nurmamade, Octávio Magoliço, Eurice Alua, Alves Houana, Abel Mubetene, Jimmy Williams, Carlos Jr., e Chukwinike Okosa.

 

FER. MAPUTO: Manuel Uamusse; Edson Monjane, Luís de Barros, Elton Ubisse, Ermelindo Novela, Cubrilo Miroslaw, Francisco Macaringue, Custódio Muchate, Bojan Sekicki, Augusto Matos e Samora Mucavel.

 

"POLITÉCNICOS" AGARRAM TERCEIRO POSTO

 

No primeiro embate da noite, a Politécnica derrotou o Desportivo, por 79-72, ficando em terceiro lugar, isto depois da vitória no domingo neste play-off a melhor de três partidas. No geral, os "universitários" ganharam por 2-1, visto que os "alvi-negros" venceram o segundo embate. Mas, mais que do triunfar noplay-off a Politécnica atirou o Desportivo, campeão em título, para fora do pódio. A maior façanha dos "politécnicos" é, contudo, o facto de ficarem em terceiro lugar num campeonato nacional pela primeira vez na sua história.

 

SÉRGIO MACUÁCUA

 

 

Fonte:Jornal Noticias