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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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FER. QUELIMANE, 1 - HCB DO SONGO, 0: Sem mácula

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OS jogadores do Ferroviário de Quelimane e do HCB do Songo exibiram-se com bastante estoicismo para dignificar as suas camisolas. Deram o melhor de si, inclusive a última gota de suor que o corpo tinha, em nome de um magnífico espectáculo de futebol que, diga-se em abono da verdade, compensou para quem realmente pagou o ingresso para assistir a partida.

 

A primeira parte do jogo foi disputada sob o signo de equilíbrio, mas com ligeiro ascendente ofensivo para os “locomotivas”. A pressão sobre o homem na posse da bola era tanta e os dois contendores concentravam as suas investidas no meio-campo, com pequenas dificuldades de sair para a defesa contrária. Os “locomotivas” exploraram muito os flancos para canalizar o seu jogo ofensivo, entretanto encontravam dificuldades para dar sequência aos lances, muito por culpa dos avançados, que não tiveram inteligência suficiente para superar a defensiva contrária. Délcio e Stiven não estiveram nos seus melhores dias, por isso transformaram-se nos dois grandes desmancha-prazeres, ao serem antecipados sistematicamente pelos homens mais recuados que Artur Semedo confiou para a defensiva.

 

A formação visitante apresentou uma forte estrutura táctica. Jogando com todas as cautelas, por estar a actuar em palco alheio, imprimiu maior velocidade depois de sair do seu meio-campo para o do adversário. Gizou ataques codiciosos, onde Kambala, Chris e Darril mostraram capacidade de combate, imaginação, criatividade e grande comunicação entre eles mas o golo não saía porque estava lá Victor, o guarda-redes “locomotiva”, que nunca anuiu a violação da baliza por si defendida.

 

Aos trinta e um minutos da etapa inicial o Ferroviário de Quelimane chega ao golo, num lance de bola parada. Foi na sequência de um pontapé de canto, e o autor do tento foi Sassi.

 

O HCB não tremeu, antes pelo contrário, continua uma equipa mais afoita e clarividente. Saía da zona defensiva a jogar e quando chegava ao meio-campo apostava em jogo aéreo, colocando o esférico nas costas dos defesas “locomotivas”. Estes viram-se na contingência de sacudir a pressão pontapeando o esférico para limpar a zona.

 

Volvidos 37 minutos Sassi volta a estar em grande plano. Numa jogada de ataque desenvolvida na grande área, recebeu a bola e isolou-se, tendo desferido um portentoso remate que obrigou o guarda-redes Swin, do HCB, a uma defesa de recurso. Na recarga, Vovoti fez a bola beijar o travessão, quando meio mundo já gritava golo. Terminaram os 45 minutos com este resultado favorável à equipa da casa.

 

No reatamento viu-se um Ferroviário de Quelimane já quebrado, a ser acantonado no seu reduto e a defender-se com unhas e garras. Por seu turno os visitantes iam imprimindo mais velocidade, tornando-se na equipa mais astuta e inconformada com o resultado. Foram mais de 20 minutos de pressão sufocante, durante os quais o HCB mostrou ser mais equipa, mais adulta, e acima de tudo experiente, jogando e convencendo, mas o golo não aparecia.

 

A pressão imposta obrigou Nacir a fazer três substituições em menos de cinco minutos para reforçar o meio-campo. Tirou Sassi, Stiven e Fila e para os seus lugares entraram Txoro, Henriques e Tchitcho, respectivamente. Foi uma visão acertada, porque aos vinte e sete minutos a partida voltou a equilibrar-se.  O jogo ganhou mais alento e tanto os locais como os visitantes tentaram várias vezes chegar à baliza com ataques perigosos que não eram aproveitados pelos avançados

 

FICHA TÉCNICA

 

ÁRBITRO:

 

Estêvão Matsinhe, coadjuvado por Pedro Justino e Raimundo Artur. O quarto árbitro foi Marcos Marrengula.

 

FER. QUELIMANE: Victor; Sassi (Txoro), Ibra, Bill e Mutong; Txocolo, Vovoti, Délcio e Bony; Stiven (Henriques) e Fila (Tchitcho).

 

HCB DO SONGO: Swin; Rodder, Mucuapel, Aguiar e Vling; Dário, Kambala, Payo (Chiganda) e Tony (Nelson); Chris e Darryi.

 

ACÇÃO DISCIPLINAR: cartão amarelo para Ibra por queimar tempo.

 

JOCAS ACHAR

 
Fonte:Jornal Noticias