FER. QUELIMANE, 1 - CHIBUTO, 1: Nuvunga na jogada!
QUANDO se fala em divindades muitas vezes os nomes que se pronunciam são Deus ou Alah. Todavia, no jogo entre Ferroviário de Quelimane e Chibuto houve um outro Deus.
Assistiu-se, logo que iniciou a partida e até meia hora do jogo, um Ferroviário mais destemido e afoito procurando espaços para colocar as linhas de passe que visavam a baliza contrária. Aos 16 e 25 minutos, respectivamente, Almeida e Betinho pregaram um susto. O primeiro, no lance de contra-ataque, fez o esférico embater com um remate violento o travessão. O segundo obrigou Zacarias a uma defesa apertada, com um remate a meio da rua.
A formação visitante ia ensaiando lances de ataque, mas que não encontravam a devida finalização por causa do esquema defensivo apertado montado pelos donos da casa. Estavam lançados os dados de um jogo que opunha os aflitos da tabela classificativa. A partir daí viu-se uma arbitragem bastante tendenciosa, que cortava todos os lances de ataque do Ferroviário de Quelimane. Bastava os “locomotivas” carregarem o acelerador para o árbitro apitar fora-de-jogo ou qualquer infração inventada para cortar o lance. Mais do que isso, distribuiu cartões amarelos e ameaçou os jogadores “locomotivas”. O próprio árbitro confundia-se com massagista ou maqueiro da equipa quelimanense, isto para favorecer a equipa visitante. Ralhou muitas vezes com os jogadores lesionados. Foi assim que terminou a primeira parte, sem que os jogadores tivessem espaço para mostrar o que sabem.
Veio a segunda parte e o cenário da arbitragem não mudou completamente em nada. Aos 42 minutos Henriques viu o seu cruzamento a rasgar a área, mas sem ninguém para empurrar o esférico para o fundo das malhas.
De seguida houve desatenção na defensiva do Chibuto. Luís perdeu o controlo do esférico quando um colega seu jogou atrasado. Na circunstância apareceu Fila a interceptar a bola e fez chapéu ao guarda-redes contrário, abrindo assim o activo pela primeira vez.
O Chibuto não baixou de produção. Reagiu bem ao golo e procurou jogar totalmente balanceado ao ataque, procurando linhas para colocar a bola. Foi na sequência dessa actuação, quando já se jogava o período de compensação, que Chawa apareceu num lance de contra-ataque e disparou frouxo para igualar o resultado. Diga-se em abono da verdade que este empate foi produzido pelo árbitro da partida, visto que deu seis minutos de compensação quando na verdade seriam três.Teve uma prestação desastrosa a todos os níveis.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: Arlindo Nuvunga, coadjuvado por Elisa Marques e Ivo Muiambo.
FER. QUELIMANE: Vítor; Jojó, Fila (Santos), Quaresma (Muthong), Henriques, Délcio, Vovote, Bily, Bony, Almeida (Txocolo) e Betinho.
CHIBUTO: Zacarias; Narciso, Chrisphe, Obel, Maninho (Dário Chissano), Luís, Cedric, Adebayour, Omar, Jossias e Palatão (Tony.)
ACÇÃO DISCIPLINAR: cartões amarelos para Bily, Bony e Betinho, todos do Ferroviário de Quelimane
JOCAS ACHAR
Fonte:Jornal Noticias