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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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ESTRELA VERMELHA, 1 – DESPORTIVO, 1: Com alguma sorte à mistura

O ESTRELA Vermelha de Maputo foi estrategicamente inteligente na gerência da vantagem conseguida na primeira “mão” frente ao Desportivo (2-1), mas diga-se que foi também acompanhada pela sorte, pois os “alvi-negros” chegaram a equilibrar as contas, quando o artilheiro Jojó reagiu com êxito a um cruzamento tenso perante o olhar pávido da defesa e do guarda-redes “alaranjado” Elvêncico, aos 12 minutos.

 

 

Com o 1-0, a eliminatória ficou em aberto, mas o Estrela Vermelha foi acompanhado pela sorte e voltou a repor a vantagem (1-1), ao beneficiar de uma grande penalidade na sequência de bola travada com a mão pelo lateral esquerdo Jorge, aos 19 minutos. Chamado a cobrar, o “capitão” Genito fê-lo com êxito. Porém, a crença e esperanças “alvi-negras” não ficaram esgotadas, porque havia muito tempo ainda por cumprir.

 

 

O Desportivo, que jogava abertamente ao ataque, usando o sistema universal de 4x4x2, até conseguiu impor-se, porque entrou melhor no jogo e obrigou, muito cedo, o Estrela a jogar um pouco recuado durante os primeiros dois quartos. Aliás, o Estrela optou por um jogo meramente defensivo (4x5x1), portanto com o meio campo bem povoado, com o objectivo de fechar as linhas de passe do adversário. E conseguiu até certo ponto sobressair nesta forma de jogar, dificultando a entrada à sua zona mais recuada. Mas porque o Estrela jogava muito encostado à sua zona, não pode evitar algumas faltas que levaram perigo à baliza de Elvêncio, que esteve muito atento nos postes.

 

 

Na primeira ocasião, o “central” Fanuel cobrou um livre que, mesmo um pouco desviado pela barreira, obrigou Elvêncio a afastar o esférico com uma palmada para canto, aos 27 minutos. Nessa altura, o Desportivo imprimia maior velocidade no seu jogo, com flanqueamentos para a área muito pelo seu lado direito, onde estava posicionado Lanito. O Estrela despachava as bolas para a frente sem dar sentido ao seu jogo, portanto actuando de forma desinteressada. Nesse esforço, interceptou uma jogada na zona frontal da grande área atirando um pouco por cima do travessão, aos 36 minutos.

 

 

Cinco minutos depois, o “central” Mambo, saído do Costa do Sol, travou em falta Jójó próximo da meia-lua, tendo Jorge atirado quase a roçar o poste. O Estrela reagiu a este lance e num contra-ataque rápido, o atacante Raxide galgou pela esquerda e vendo Valy do lado contrário, com apenas um defesa na manobra, centrou para a entrada inglória do ala “alaranjado”.

 

 

Foi-se ao intervalo e, no regresso, o Estrela decidiu muito cedo fazer uma cortina à entrada do seu meio-campo, com a intenção de dificultar o avanço “alvi-negro”, e conseguiu de certa forma impedir a marcha do seu oponente. Antero Cambaco, técnico do Desportivo, fez mutações. A entrada do médio ofensivo Lalá espevitou ainda mais o ataque “alvi-negro”’, mas sem conseguir visar a baliza “alaranjada”.

 

 

Na sua primeira intervenção, com um centro bem colocado para Chana, este cabeceou poucos centímetros por cima do travessão, aos 52 minutos. De seguida assistiu-se a uma brincadeira do guarda-redes “alvi-negro” Victor, que, com espaço para pontapear o esférico lá para a frente atirou contra Daínho e a bola projectou-se para as suas costas, mas valeu a manobra defensiva, que impediu ao atacante “alaranjado” de chegar ao esférico. Daínho ainda deu chance ao Desportivo de anular a desvantagem, ao travar a bola com a mão numa disputa com Lanito na grande área “alaranjada”. Chamado a cobrar, Fanuel viu o seu remate a ser devolvido pelos pés de Elvêncio, que se esticou para evitar o golo.

 

 

Com este desperdício, ficou tudo complicado, pois o jogo caminhava para o fim. Mas houve mais oportunidades, com destaque para o tiro de Lalá à meia-volta para a figura de Elvêncio, na sequência de um pontapé de canto. A última chance “alvi-negra” pertenceu ao guarda-redes Víctor, que saiu dos postes para desviar de cabeça o pontapé de canto batido por Lalá. A bola foi morrer nas mãos de Elvêncio, que foi o principal autor do insucesso “alvi-negro”.O árbitro da partida, Anad Ussene, fez bom trabalho.

 

 

 

FICHA TÉCNICA

 

ÁRBITRO: Ainad Ussene, auxiliado por José Mula e Carlos Alberto. O quarto árbitro foi Arão Júnior.

ESTRELA VERMELHA – Elvêncio; Pedrito, Anselmo, Mambo e Edmundo; Valy (Novidade), Xiza, Dino, Genito e Balak (Daínho); Raxide (Nelsinho).

DESPORTIVO – Victor; Sadique, Fanuel, Fredy e Jorge (Geraldo); Lanito, Cremildo, Ussama e Jair (Papaíto); Jojó e Chana (Lalá).

 

 

SALVADOR NHANTUMBO

 

 

 

 

Fonte:Jornal Noticias