ENH, 0-DESPORTIVO, 1: ESTE “CALOIRO” VAI DAR MUITO QUE FALAR!
O ENH, estreante no Moçambola, apesar de ter perdido no sábado frente ao Desportivo, por 0-1, deixa um aviso a todos que escalarão o seu “ninho”, o Estádio Municipal de Vilankulo. É caso para dizer que este “caloiro” vai dar muito que falar, bem como muito trabalho, principalmente aos chamados grandes.
Em nenhum momento do jogo o representante de Inhambane foi inferior. Pelo contrário, entrou pressionante, carregou no acelerador e só não teve a mesma sorte do Desportivo de marcar um golo.
Aliás, o golo dos “alvi-negros” apareceu contra a corrente do jogo, num lance aparentemente inofensivo, valendo a “ratice” do veterano Carlitos, que se antecipou ao guarda-redes Dionísio e desviou a bola para o fundo das redes, isto aos oito minutos.
Nem antes do golo e muito menos depois viu-se o Desportivo inferior, com o agravante de um dos seus jogadores, Mastayle, que até dava nas vistas, ter sido expulso aos 34 minutos, por agressão a um adversário.
O ENH deu tudo por tudo para chegar à igualdade ainda na primeira parte. Flanqueou o jogo. Pecando apenas em bombear as bolas para a área, onde o guardião Wilson ia buscá-las todas. E num desses bombeamentos, Sérgio chegou a introduzir o esférico nas redes dos “alvi-negros”, mas depois de o árbitro ter assinalado uma infracção.
A equipa da casa em nenhum momento deixou o visitante respirar e aos 45 minutos, em dois tempos, por pouco chegou à igualdade, mas os remates encontraram uma “floresta” de pernas na pequena área “alvi-negra”.
O intervalo chegou e novas licções foram estudadas. O Desportivo, em desvantagem numérica, mas com o resultado a seu favor, regressou para defender em bloco e arrancar em contra-ataques rápidos, enquanto o seu opositor queria atacar e atacar sempre.
E foi o que se viu na etapa complementar. O Desportivo nem sequer saia do seu meio campo e o ENH carregava no “piano” à procura da igualdade. Oportunidades foram dezenas, mas os avançados da casa ora tinham o pé furado ou a cabeça fora do lugar.
Kicongo, um congolês ao serviço do ENH, abriu o livro. Carregou a equipa nas costas, explorando muito bem o flanco direito e cruzando com muita intensidade, só que os seus companheiros falhavam milagrosamente, principalmente Sande e Eurico, este último que acabara de entrar.
Os últimos minutos foram infernais para os “alvi-negros” que já acusavam algum estoiro físico e simulavam lesões, naquele sempre jogo sujo de “cai-cai”.
Kicongo acabaria por ser expulso, por acumulação de amarelos, e o resultado acabou favorecendo o Desportivo, que assim somou os primeiros três prontos na prova.
A equipa de arbitragem cometeu um e outro erro de visão, mas esteve bem no capítulo disciplinar.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: Estevão Matsinhe, auxiliado por Zacarias Baloi e Salomão Filipe. Salvador Cumbe foi o quarto árbitro.
ENH:Dionísio; Sérgio (Bandica), Moses, Kicongo, Sande, Betinho (Eurico), Matawane (Valdo), Tawinho, Cândido, Hilário e Abílio.
DESPORTIVO: Wilson; Sidique, Agy, Hermínio, Henrique, Lanito, Mastayle, Mambo, Lala (Infren), Carlitos (Choca) e Clemente (Papaíto).
ACÇÃO DISCIPLINAR: “Amarelos” para Kicongo. “Vermelhos” para Kicongo e Mastayle.
GIL CARVALHO
Fonte:Jornal Noticias