«Encontrei cepticismo à capacidade de resposta que a selecção poderia dar» Abel Xavier
Abel Xavier falou igualmente à BOLA as dificuldades iniciais encontradas para implementar o seu trabalho quando chegou a Moçambique. Mas também das motivações e da vontade de vencer.
«Tem sido um desafio enorme, mas é projecto que me diz muito e assenta em dois pilares fundamentais: o sentimental e o desportivo. Voltar ao país que me viu nascer é especial. A fase inicial não foi fácil. Encontrei cepticismo quanto à capacidade de resposta que a seleção poderia dar.»
E encontrou resistência ao seu trabalho.
«Há sempre resistências, por uma ou outra razão. Não pretendo agradar a toda a gente. Não pretendo ser consensual. Encontrei fases difíceis, mas tinha as minhas ideias e sabia as mudanças que queria implementar.»
«Primeiro trabalhei na aproximação aos clubes. Notei muita falta de comunicação. A selecção estava submissa e refém dos clubes. Falei com todos os presidentes, fui a todas as províncias, coisa que nunca ninguém tinha feito. Falei com todos os meus colegas treinadores para quebrar estigma de ciúme, para informá-los da metodologia que vai se criada. Internamente alterei estrutura, logística e operacionalidade. Defini que a selecção tem de ser espaço com regras, disciplina e rigor.»
Autora: Elsa Bicho
Fonte:Desafio