Empate com sabor amargo
A SELECÇÃO Nacional não foi além de um empate a uma bola frente a Angola no desafio amigável realizado na noite de ontem no Estádio Nacional do Zimpeto e que serviu de preparação dos dois combinados para a fase de qualificação para o CAN-Marrocos 2015.
Entrou melhor a selecção moçambicana.
Mais agressiva a defender e dinâmica no ataque. Bons pormenores técnicos de Dominguez encantavam o público, que apesar de ser um jogo a meio de semana esteve em número considerável ao Estádio Nacional do Zimpeto. Mas faltava aquele passe de ruptura que criasse realmente uma situação de golo. Aos poucos a selecção angolana foi equilibrando a balança.
Passou a ter mais bola e era perigosa no contra-ataque, a arma que usou face à avalancha dos “Mambas”. Vado deu o primeiro sinal de perigo aos oito minutos, valeu a pronta intervenção de Bruno Campos, que evitou o golo por duas vezes. Este lance espicaçou os “Mambas” , visto que reagiu prontamente através de uma bela iniciativa de Zainadine Júnior que centrou para Hélder Pelembe com este a cabecear de raspão.
Mas doutro lado, via-se uma Angola mais perigosa, a tirar proveito da falta de coordenação da defesa moçambicana. Mexer era o único que se safava naquele quarteto. Foi o defesa do Nacional da Madeira a impedir, com um corte in-extremis, que Vado inaugurasse o marcador, mas minutos depois, aos 22, não consegui evitar o golo apontado pelo mesmo jogador.
Vado, atento na área , tirou e bem proveito de uma bola que bate na trave, após remate de Freddy para empurrar para o fundo da baliza.
Foi preciso estar em desvantagem, para ver os “Mambas” criarem a primeira situação de golo com total assinatura de Hélder Pelembe. O avançado do Orlando Pirates tira um adversário do caminho e só com o guarda-redes pela frente remata à malha lateral. O público chegou a gritar golo.
Dai para frente pouco se viu da equipa nacional. Muitos passes falhados. Algumas iniciativas individuais em excesso. Não foi capaz de fazer circular a bola, algo que tinha feito nos primeiros minutos. Com o criativo Dominguez desaparecido, o colectivo ressentiu-se.
Já no minuto de compensação, foi Miro a tentar de longe empatar o jogo, com uma bomba cá do meio da rua.Tal como na primeira parte, os “Mambas” surgiram mais desinibidos na procura pelo golo, no entanto, faltava nalgumas ocasiões o último passe, e noutras maior serenidade por parte dos finalizadores.
Diogo foi a prova disso foi a falta de discernimento de Diogo dentro da grande área quanto tinha espaço para virar e gizar com perigo a baliza contrária. Aliás, Diogo esteve uma sombra daquilo que demonstrou e acabou sendo substituído, um minuto depois de Moçambique ter feito o golo de empate, marcado por Hélder Pelembe. Um grande golo a meia volta do avançado, um prémio merecido ao jogador mais inconformado.
Os grandes problemas da formação nacional residiam na defesa e ficaram evidentes quando Vado cabeceou solto de marcação valeu mais uma vez os reflexos de Bruno Campos.
Pode-se dizer que depois desse lance seguiu-se o melhor momento da equipa nacional, pois passou a jogar melhor e a criar situações de golo. Josemar e Faizal Bangal poderiam ter colocado os “Mambas” a vencerem, mas ambos permitiram a defesa de Landu.
A partida terminou com os “Mambas” em cima dos Palancas, contudo ficou-se mesmo pelo empate, justo por aquilo que ambas as equipas fizeram em campo.
A equipa de arbitragem esteve bem, a altura dos acontecimentos.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: Wellington Kaoma (Zâmbia); Bruno Tembo (Zâmbia) e Moses Mwale (Zâmbia). Quarto árbitro: Stanley Hachiwa (Zâmbia).
MOÇAMBIQUE: Bruno Campos; Zainadine Júnior, Dário Khan, Mexer e Miro; Simão Mathe, Diogo (Manuelito) e Dominguez; Josemar, Telinho (Reginaldo) e Hélder Pelembe (Faizal Bangal).
ANGOLA: Landu; Chico Caputo, Gomito, Jaime e Natael (Miguel); Adão, Pirolito (Mano), Paty (Filhão) e Vado (Guedes); Freddy (Benvindo Pontes) e Vunguidica.
DISCIPLINA: Amarelo para Mano e Dominguez..
GOLOS: Vado (22 min), Hélder Pelembe (65 min).
Fonte:Jornal Noticias