Emoção e lágrimas na despedidia a Chirindza
MILHARES de pessoas, entre familiares, amigos e fãs, marcaram, na manhã de ontem, presença no Pavilhão do Maxaquene para prestarem o último adeus a João Chirindza, basquetista de renome e um dos melhores que o país viu nascer, falecido na última sexta-feira, em Túnis, Tunísia, vítima de doença.
A cerimónia, que marcou o início de cortejo fúnebre de João Chirindza, foi carregada de emoção e simbolismo.
A grandeza daquele que para muitos é considerado o melhor poste de todos os tempos, se dúvida houvessem , ficaram dissipadas no dia que marcou o seu adeus.
As intervenções da filha do malogrado, Deise Chirindza, da vice-ministra da Juventude e Desporto, Aná Flávia Azinheira, representante do Governo, Francisco Mabajaia, presidente da Federação Moçambicana de Basquetebol, Ernesto Júnior, presidente do Clube de Desportos da Maxaquene (seu clube de coração), Belmiro Simango (leu a mensagem dos amigos do básquete), Simão Mataveia (leu a mensagem dos afilhados) e de membros da sua Igreja Presbiteriana foram unânimes em frisar que se trata de um grande homem dentro e fora do campo.
Conforme fez menção a filha do finando, João Chirindza foi, fora das quatro linhas, um excelente pai, um homem dedicado à família, algo que transportava para sua vida enquanto desportista nas variadas vertentes: jogador, treinador e dirigente, tendo se destacado claramente no primeiro papel por ter sido campeão africano de clubes em 1985, quando actuava pelo Maxaquene. Fez parte da Selecção Nacional, que, em 1983, no Egipto, conquistou o quinto lugar num Afrobasket, a melhor posição de sempre.
Como era de esperar, a dado momento da sua intervenção, Deise Chirindza não se conteve. Deixou chorar o seu coração e dos seus olhos caíram lágrimas que sensibilizaram milhares de pessoas que assistiam atentamente ao momento. Mabjaia, presidente da FMB, nem conseguiu acabar de ler o seu discurso. A emoção era tanta, que a dado momento o que dizia deixou de ser audível e preferiu interromper.
Foi uma manhã de tristeza, de lágrimas, um cenário atípico, se se atender que a “catedral” do basquetebol é o viveiro dos momentos mais alegres da bola-ao-cesto, pois foi nesse recinto em que João Chirindza protagonizou as suas melhores jogadas, espevitando grandes emoções em milhares de espectadores.
A seguir a cerimónia de velório, que durou cerca de três horas, a urna seguiu para o Cemitério do Michafutene onde decorreu o funeral.
O desporto nacional, não apenas o basquetebol, fica, sem dúvidas, órfão de um dos seus maiores e melhores desportistas de sempre.
João Chirindza deixa viúva e dois filhos.
Neste momento de pesar e dor, a Secção Desportiva do Jornal “Notícias” endereça à família enlutada as mais sentidas condolências.
Fonte:Jornal Noticias