CREVE MACHAVA: Quero conquistar “Africano”

CREVE Machava que mês passado participou, envergando as cores nacionais, no Campeonato do Mundo de Juniores, em Oregon, Estados Unidos da América, tendo batido o seu próprio recorde (51,97 segundos), coloca a fasquia em cima, traçando como objectivo principal o título de campeão africano de juniores dos 400 metros barreiras.
“Depois do bom registo que tive nos Mundiais de Atletismo, traço como objectivo a conquista do Campeonato Africano. Estou a trabalhar e a esforçar-me bastante para atingir o topo. Sei que só treinando posso atingir o sucesso”, comentou.
Mas, antes de atacar o “Africano” de atletismo (próximo ano), Creve Machava aponta como metas uma boa prestação nos Jogos do SCSA (Dezembro, próximo) e nos “Nacionais” de Atletismo que arrancam segunda-feira próxima em Tete. “Além dos Campeonatos Africanos realizam-se os Jogos do SCSA no final do ano e os “Nacionais” já na próxima semana são outras metas que estou focalizado”.
FALTA APOIO

No entanto, Creve Machava queixa-se de um apoio mais sério. “Tenho tido dificuldades a nível de equipamentos. Eu mesmo tenho que comprar o material desportivo com ajuda da minha mãe. Vamos comprando as coisas gradualmente”, explicou.
Questionado sobre se o Ferroviário, seu clube, não o apoia, o velocista respondeu: “O Ferroviário apoia, mas o equipamento não tem muita qualidade”, ajuntando que no “Mundial” de Atletismo apenas recebeu o fato de treino. “Na selecção não tive nenhum material, só o fato de treino, mas também tive que devolver”, desabafou, queixando-se que faltam infra-estruturas de qualidade. “Falta uma pista com boa qualidade e com todas infra-estruturas. Estou a treinar na pista do Parque dos Continuadores. Treinar na pista do Zimpeto é difícil porque fica distante, mas também não é boa. Prefiro treinar na pista de fora do estádio, mas esta não tem marcações nem barreiras”.
Em relação à sua participação no “Mundial”, Creve Machava disse estar satisfeito por ter batido o seu próprio recorde, mas frustrado porque, segundo ele, a sua prestação poderia ter sido melhor. A minha prestação foi boa, mas podia ter feito mais. Qualifiquei-me para as meias-finais, mas tendo sido a minha primeira participação acho que não está má”.
Fonte:Jornal Noticias