Contas de Grispos vão à auditoria
O RELATÓRIO de Contas do elenco cessante, encabeçado por Michel Grispos, foi reprovado pelo sócios, sendo que vai a uma auditoria independente dentro em breve.
Dos 76 sócios com direito ao voto, 33 votaram contra, 28 a favor e os restantes optaram por se abster.
Do relatório consta que a actividade financeira do clube nestes cinco anos, 2010-2015, foi de 225 milhões. Desde montante das receitas, 174 milhões foram para encargos e despesas correntes, 50 milhões para salários e combustíveis.
Mesmo assim, o clube não deixa de ter uma dívida de 23 milhões de meticais para com os bancos, salários e “luvas” dos atletas, para além do arrendamento dos campos para jogos de Moçambola e para com o fisco. O clube tem, por outro lado, a receber um milhão e 929 da Liga Moçambicana de Futebol referente às transmissões televisivas.
No relatório, os sócios constataram fortes lacunas nas parcerias com a Prosport nas vendas dos jogadores Mexer e Zainadine. De Mexer, o clube encaixou quatro milhões e quatrocentos mil meticais e de Zainadine não há nenhum registo dado que o atleta saiu no fim do contrato, para além de que não foi formado pelos “alvi-negros”.
Ainda segundo o relatório, o campo foi vendido por dois milhões de dólares, mas a aplicação desse valor não convence os sócios.
Grispos frisou que durante o seu reinado pode ter havido erros de gestão, mas não houve roubos, até porque “ninguém é ladrão no meu elenco”, frisou.
A Assembleia-Geral dos “alvi-negros” só foi consensual na nomeada Comissão de Gestão, mas os relatórios de actividades e contas foram motivos de alaridos.
Grispos foi por várias vezes vaiado. Por outro lado, sugeriu que a auditoria fosse das contas desde 1990 a esta parte, não apenas do seu reinado, que como se sabe começou em 2001, tendo terminado no ano passado.
Feizal “corrido”!
O ANTIGO presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), Feizal Sidat, um dos sócios mais antigos do Desportivo foi retido da sala da Assembleia-Geral (AG) em virtude de não ter quotas em dia, ou seja, não pagou as referentes ao mês de Janeiro.
Sidat alega que não pagou porque esteve no Ruanda, onde fazia parte da Comissão Organizadora do CAN-Interno.
O antigo “homem-forte” da FMF até se predispôs a regularizar as suas quotas em plena AG para poder participar na reunião, mas não lhe foi permitido, embora alguns sócios o fizeram instantes antes do início do encontro.
A situação embaraçou a reunião magna dos “alvi-negros”, tendo deixado Feizal Sidat chocado, que acusou a Direcção cessante de ter orquestrado o cenário.
Sidat lamentou, dizendo que não merecia ser tratado daquele jeito, sendo um sócio que ajuda o clube em tudo o que pode.
Sem alternativa, o antigo dirigente da FMF foi se embora e mesmo assim jurava a pés juntos que o Desportivo nunca irá sair do seu coração.
Fonte:Jornal Noticias