Com garra e classe, “muçulmanos” erguem troféu!
A LIGA Desportiva de Maputo conquistou, na tarde de sábado, a segunda edição da Taça da Liga-BNI, após golear o Maxaquene por 3-0 na final. Foi uma vitória com garra e classe por parte dos “muçulmanos”, que dominaram por completo a contenda, desfazendo todas as “munições” de um Maxaquene que nem devia ter saído de casa.
Num campo do Costa do Sol com uma boa moldura humana e todo o cenário preparado para uma final, a Liga tomou, logo no início, as rédeas da contenda, pressionando de forma constante o último reduto “tricolor”. O Maxaquene experimentava imensas dificuldades para assentar o seu jogo. Tinha sectores desligados e jogava lento, a passo, o que facilitava a missão dos “muçulmanos” sempre que estivessem atrás da linha da bola.
Nelson e Fachy, na direita, não conseguiam parar as fugas de Eusébio e Osvaldo, e no miolo, Kito e Liberty (Liga) sobrepunham-se a Whisky e Talapa. Isso resultou num volume de jogo assinalável dos “muçulmanos”, que pecaram por perdulários, pois oportunidades para encher o “saco” tiveram. O golo que fez a diferença nesta etapa foi marcado por Sonito, aos 11 minutos, de cabeça, numa jogada de insistência na pequena área, na qual a defensiva do Maxaquene não fica isenta de culpa.
Depois do tento esperava-se uns “tricolores” mais aguerridos, mas isso não aconteceu, dada a organização que os “muçulmanos” tinham. Sem soluções para visar com sucesso a baliza de Vando, o capitão Paíto tentou o ar da sua graça de longe, mas o guardião da Liga estava atento. Aos 28 minutos, de livre cobrado na direita, Paíto rematou em arco para uma enorme defesa de Vando para canto. Antes do intervalo, Isac desenhou uma jogada individual, e da zona frontal rematou em jeito para uma defesa afortunada de Vando para fora. Pelo meio, os “muçulmanos” haviam ameaçado o 2-0, mas sem sucesso.
A segunda parte começa com o segundo da Liga e de Sonito, aos 48 minutos. Osvaldo invadiu a área “tricolor” e, perante Basílio, desferiu um portentoso remate, que bateu na barra e no solo, sendo que o gigante Sonito apareceu na boca da baliza para a recarga, encostando de cabeça para o fundo das redes. Era um duro golpe para um Maxaquene que lhe era exigido ir atrás do prejuízo.
Aliás, os “tricolores” tentaram remar contra a maré, mas pecavam por fazer tudo sem qualquer discernimento, com jogadas denunciadas, linhas de passe escassas e passes mal feitos. Tudo isso só beneficiava a Liga, que a essas alturas jogava sem pressa e de forma calculista.
Jogando sem pressa e com o resultado confortável, o Maxaquene deixou tudo a mercê dos “muçulmanos”, que chegaram com toda a naturalidade ao terceiro, apontado pelo recém-entrado Dainho, que correspondeu com um toque subtil a um cruzamento tenso de Eusébio, ido da esquerda. Depois deste tento, o Maxaquene desnorteou-se por completo, só não sofreu mais por sorte. Aliás, a goleada podia ser mais gorda, mas Elias II e o próprio Dainho perderam um par de golos nos pés.
Vitória incontestável dos “muçulmanos"” que encaixaram desta forma o primeiro troféu da Taça da Liga-BNI.
Andilo Mamudo e sua equipa fizeram um bom trabalho.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: Andilo Mamudo, auxiliado por Pedro Madala e Lúcio Namarrói. O quarto foi António Munguambe.
MAXAQUENE: Basílio; Nelson (Bruno), Nito, Bernardo, Paíto, Whisky, Danilo, Talapa, Fachy, Luckman e Isac.
LIGA: Vando; Kito, Bhéu, Chico, Eusébio, Osvaldo (Andro), Gildo, Nando (Dainho), Liberty, Telinho e Sonito (Elias II).
Disciplina: Amarelo para Whisky.
Fonte:Jornal Noticias