CERNE DA QUESTÃO
Os problemas logísticos e financeiros do Costa do Sol têm origem nos cortes que desde o ano passado a Eletricidade de Moçambique (EDM), empresa integradora do clube, tem vindo a fazer em vários sectores.
Os cortes não se devem apenas à conjuntura actual do país e da empresa, em particular, mas também ao facto de se ter detectado problemas de gestão na última assembleia-geral do Costa do Sol.
A Direcção do clube não conseguiu justificar a aplicação dos fundos provenientes do trespasse dos terrenos da colectividade que hoje são condomínios, um negócio que envolveu alguns membros da Direcção actual e antiga na altura liderada por José Neves, mais tarde por Augusto de Sousa.
Em relação à época passada, segundo uma fonte do clube “canarinho” o orçamento do Costa do Sol foi revisto em baixa de cerca de 50 por cento.
É neste contexto que no futebol os jogadores mais valiosos do plantel da época passada, por sinal os que eram mais bem pagos, tiveram de deixar o clube. Os poucos resistentes tiveram que se conformar com a revisão em baixa dos seus salários e “luvas”.
Assim, Dário Khan, Soarito, João Machava e Lineker, quatro dos mais valiosos jogadores que do plantel da época passada decidiram abandonar o clube porque não queriam reduzir os seus salários.
Dário Khan foi ao Desportivo, seu clube de formação. Soarito vinculou-se ao Ferroviário da Beira, João Machava foi contratado pelo Ferroviário de Maputo, sendo que Lineker foi para um clube angolano.
“O Costa do Sol não é Real Madrid”, atirou Chicualacuala, aquando da saída do quarteto.
O Costa do Sol tem uma assembleia-geral que será convocada brevemente, na qual estes e outros problemas serão discutidos.
Fonte:Jornal Noticias