Campo do Mahafil com nova cara!
OUTRORA pelado e sem condições adequadas para um bom jogo de futebol, o campo do Grupo Desportivo Mahafil apresenta-se hoje com uma nova face. Uma imagem de invejar graças às obras de reabilitação e ampliação que tem vindo a ser levadas a cabo pela Direcção daquele clube histórico desde 2014.
Actualmente, o campo de Mahafil é relvado (natural) bem carregado e devidamente tratado. Para além da mudança do piso, as obras incluem a construção de um bloco administrativo que engloba igualmente balneários para atletas e árbitros e tribuna de honra, para além do alargamento da capacidade em termos de bancadas, que também foram remodeladas.
Por se construir está a bancada central sol e um parque de estacionamento, que se espera que seja mais uma fonte de renda para a colectividade.
Segundo Cássimo Issufo, vice-presidente para o pelouro das Infra-Estruturas e Património, as obras surgiram da necessidade de dotar o clube de infra-estruturas adequadas para melhor encarar os desafios do futuro que passam pelo crescimento. “Somos um clube já centenário (100 anos ficaram completos a 5 de Outubro de 2015) e queremos ser ambiciosos. Pretendemos crescer, mas crescer com bases. Para o futuro queremos chegar ao Moçambola e ter sucesso, mas tudo de forma faseada”, disse.
De acordo com Issufo, as obras de reabilitação do campo e do bloco administrativo estavam inicialmente orçadas em três milhões de meticais, mas com o tempo houve necessidade do aumento do capital, o que fez com que os prazos inicialmente previstos para a entrega das obras fossem prorrogados. “A conclusão das obras estava prevista para 2015, mas dificuldades financeiras e alargamento do projecto fizeram com que até hoje estejamos ainda em processo. A nossa previsão é concluirmos em 2017”, explicou.
ABDICAR DA ALTA PELA COMPETIÇÃO PARA FOCALIZAR INFRA-ESTRUTURAS
Em 2014 o Mahafil, em Assembleia-Geral, deliberou parar com a alta competição, ou seja, teve de abdicar da equipa sénior que na altura disputava o Campeonato de Futebol da Cidade de Maputo para apostar nas infra-estruturas, limitando-se a movimentar as camadas de formação, nomeadamente juniores, juvenis e infantis.
De acordo com o vice-presidente, a aposta foi uma espécie de custo de oportunidade, mas valeu a pena, explica: “Constatámos que não estaríamos em condições de suportar a equipa principal e a reabilitação das infra-estruturas em simultâneo, daí que decidimos retirar da cena os seniores. Penso que decidimos bem, não estamos arrependidos, foi uma boa aposta. Sería-nos difícil suportar a logística dos seniores (luvas, salários, prémios e custos dos próprios jogos) juntamente com as obras”, elucidou.
Cássimo Issufo adiantou, entretanto, que os seniores regressam em 2018 e terão como base a actual equipa de juvenis que no ano passado foi campeã da cidade da categoria. O Mahafil tem como principais fontes de rendimento a concessão a título de arrendamento de partes do seu recinto por uma gasolineira e torre de uma operadora de telefonia móvel, bem como contribuição de alguns sócios de boa vontade.
Fundado em 1915, o clube já ganhou dois campeonatos da cidade em seniores e vários torneios de abertura. Nunca esteve no campeonato nacional, mas já formou vários jogadores que fizeram furor nos grandes clubes nacionais e nos “Mambas”.
Fonte:Jornal Noticias