As alterações nas leis do jogo foram bem recebidas pelos clubes
A arbitragem moçambicana introduziu no início desta época 93 alterações nas 17 Leis do Jogo de Futebol, que entraram em vigor a partir do primeiro jogo oficial, o da Supertaça. Disputadas três jornadas do Moçambola, a Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (CNAF), através de Acácio Victor, mostra-se satisfeita com o grau de assimilação por parte dos protagonistas, nomeadamente jogadores, treinadores, para além dos próprios juízes.
Como forma de flexibilizar o futebol e tornar o espectáculo mais agradável e apetecível, a FIFA resolveu introduzir alterações nas leis do jogo, medida que noutros países já vinha vigorando há algum tempo.
Para o caso de Moçambique, só este ano a Federação Moçambicana de Futebol, através da sua Comissão Nacional de Árbitros (CNAF), reciclou os seus homens do apito para a materialização destas novas formas de estar e proceder na modalidade que arrasta multidões.
São muitas as alterações operadas nas 17 leis do jogo, bastando dizer que na versão inglesa foram introduzidas cerca de 10 mil palavras. Mas trata-se de aspectos de pormenor que, como diz o presidente da CNAF, Acácio Victor, “não são visíveis a olho nu”, porque meramente técnicos e só perceptíveis para quem lida constantemente com a matéria.
Uma das alterações visíveis tem a ver com a decisão do juiz da partida que não pode ser alterada, se o jogo tiver recomeçado, ou o árbitro tiver deixado o terreno do jogo.
Outra alteração, relativamente nítida, tem a ver com a introdução de um espaço (1 minuto) para os jogadores beberem água, cujo número de vezes da sua solicitação depende da percepção ou bom senso do árbitro.
Como forma de não beneficiar o infracor, a FIFA estabeleceu igualmente que um jogador lesionado na sequência de uma falta sancionável por um cartão (amarelo ou vermelho) pode ser rapidamente avaliado e assistido dentro do terreno, sem precisar de o abandonar.
Para a materialização destas alterações, um intrutor-FIFA esteve no país, não só para apurar a aptidão física nos árbitros moçambicanos, como também para uma abordagem sobre estas alterações, tendo ficado, na ocasião, por se encontrar formas de disseminação de toda a informação para os clubes (jogadores e treinadores), principais actores do jogo de futebol.
César Langa/Luís Muianga
Fonte:Desafio