ABRE hoje a XI Edição dos Jogos Africanos Congo-Brazzaville 2015, com o habitual desfile das delegações dos países participantes.

Até ontem ainda decorriam os últimos acertos para a cerimónia de abertura que terá lugar no majestoso estádio olímpico, denominado Estádio da Unidade, e que foi inaugurado na terça-feira com a realização do jogo entre a seleção principal da casa e do Gana.

Trata-se de um estádio moderno, todo ele coberto, de três anéis e com capacidade para albergar 60 mil espectadores, portanto com mais 20 mil lugares que a nossa catedral, o Estádio Nacional do Zimpeto. Ainda ontem, foram realizados os ensaios finais, que serviram para limar algumas arestas, e tudo indica que a cerimónia será uma maravilha. Para além dos desfiles das delegações, a cerimónia será honrada pela presença do Presidente da República do Congo, Denis Sassou Nguesso, que naturalmente irá usar da palavra para desejar boas-vindas e boa estadia aos filhos do continente aqui presentes. Estarão igualmente, na cerimônia de hoje, governantes de alguns países vizinhos convidados e dirigentes das confederações africanas das modalidades que desfilarão no evento que durará sensivelmente duas semanas, jornalistas e o público em geral que aguarda ansiosamente pelo momento solene.

Aliás, mensagens como "Merci Papa Denis Sassou Nguesso" (obrigado papá Denis Sassou Nguesso) são às centenas no interior e à volta do Estádio da Unidade, em jeito de agradecimento pelas infra-estruturas de ponta que o Presidente do Congo mandou erguer para servirem a estes jogos e não só, porque, segundo se diz, a Vila Olímpica, com capacidade para 30 mil pessoas, será transformada em campus universitário, que vai acolher inclusive estudantes da região central de África.

Com o surgimento desta nova cidade de expansão, Kintele, o Presidente Nguesso vai granjeando ainda mais a simpatia do seu povo, que o quer ver no poder por mais tempo, apesar de estar a governar o país há 37 anos, sendo dos mais antigos presidentes do continente.

Entretanto, os locais de acomodação, alimentação e jogos continuam sem os serviços de Internet, o que dificulta a ligação ou comunicação com o resto do continente, situação que preocupa os participantes aos jogos.

O hotel inicialmente indicado para acolher os jornalistas também ainda não está disponível. O mesmo hospedou as selecções do Congo e do Gana que participaram da inauguração do estádio. Pelo que ainda há muito por fazer à volta destes jogos. Mas quanto às infra-estruturas, é preciso reconhecer que são de ponta e superam de longe as de Moçambique, que acolheu a última edição.

GIL CARVALHO, em Brazzaville

Fonte:Jornal Noticias