Aníbal Manave entra na corrida à presidência do Comité Olímpico
Renovação na continuidade, o slogan habitualmente usado pelo Partido Frelimo nas suas eleições internas, parece ter influenciado o atual elenco do Comité Olímpico de Moçambique rumo ao escrutínio já marcado para 13 de abril, com vista ao novo ciclo olímpico.
Decidido que Marcelino Macome não irá candidatar-se para um novo mandato na presidência do Comité Olímpico de Moçambique, a opção recaiu em Aníbal Manave, que exerce o cargo de Secretário-Geral e que, vinha, aliás, já sendo cogitado como sucessor natural de Macome, dada a vivência de longos anos ao lado do presidente em fim de mandato e da experiência que bebeu deste.
Aníbal Manave entra na corrida tendo um adversário de peso: Joel Libombo, Ministro da Juventude e Desporto no último mandato do Presidente Joaquim Chissano (2000-2004), que foi proposto por 11 Federações Desportivas Nacionais, «na perspetiva de, como desportista, ajudar a desenvolver o próprio desporto moçambicano, para além de ser um convite ao patriotismo», conforme disse na ocasião.
No seu argumento para lançar Joel Libombo, as 11 Federações, incluindo algumas olímpicas, falavam da necessidade de mudança do atual status quo do Comité Olímpico de Moçambique, caracterizado, na sua ótica, por exclusão de algumas Federações no benefício das bolsas da Solidariedade Olímpica e de outros apoios para os seus atletas.
Todavia, a anunciada entrada na corrida de Aníbal Manave, como candidato da continuidade, perspectiva uma luta bastante renhida no escrutínio de 13 de abril, mas com clara probabilidade de o atual Secretário-Geral subir ao cargo de Presidente do Comité Olímpico de Moçambique.
Alexandre Zandamela, Maputo
Fonte:Abola