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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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AG da AFCM termina em polvorosa

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DEPOIS de relativa tranquilidade na apresentação e aprovação dos relatórios das actividades de 2016 e 2017, bem como as respectivas contas e planos de actividades e orçamento para a temporada 2018, a Assembleia-Geral da Associação de Futebol da Cidade de Maputo (AFCM), que teve lugar terça-feira, ganhou outra intensidade com acusações mútuas entre dirigentes de clubes e o presidente da agremiação.

 

Em causa está o processo de filiação dos clubes, inscrições dos jogadores, homologação das transferências, pagamento de taxas e o contributo das várias parcerias para a vida da AFCM que, segundo muitos clubes, estas não passam de letra morta, limitando-se a comprometer a agremiação, mas sem qualquer contrapartida.

 

Uma destas parceirias foi firmada com a Prosport (desde 2016), na área de formação, que preconiza que os campeonatos das camadas de base devem ter no máximo 12 equipas (no primeiro escalão), todos jogando com apoio material e financeiro daquela empresa de organização de eventos desportivo, o que nunca se efectivou.

 

Representantes da Académica, Black Bulls, Liga Desportiva e Maxaquene são os que mais questionaram estas parcerias. Em relação a Prosport, esta é acusada de ter abandonado o acordo, mas, mesmo assim, a AFCM continua a respeitar escrupulosamente os termos do memorando, pois no ano passado os campeonatos das camadas inferiores até arrancaram tardiamente, à espera dos equipamentos e materiais prometidos, que nunca chegaram.

 

E, porque na cidade de Maputo há 17 clubes/equipas que movimentam camadas jovens, estes são divididos em dois escalões, um com 12 (primeiro) e outro (segundo) com cinco equipas. Ora, os clubes que estão no segundo escalão sugerem o agrupamento de todas as equipas num único escalão para conferir maior competitividade, até porque o projecto de 12 equipas pertence a uma empresa que não honra com os seus compromissos (Prosport).

 

O representante da Académica, António Santinha, sugere, por sua vez, que a AFCM pare de apoiar o futsal através das receitas provenientes dos associados, pois, esta sub-modalidade é disputada por equipas, não por clubes, salvo raras excepções.

 

Em relação às taxas de filiação, o representante da Liga Desportiva, Rafik Sidat, um dos clubes devedores a par do Maxaquene, Costa do Sol e Desportivo, foi categórico ao afirmar que nunca os irá pagar, pois não faz sentido arcar com despesas que no fim do dia são da própria AFCM que utiliza os campos dos clubes sem os compensar.

 

Não podemos dar o nosso campo a AFCM de borla, para depois voltar a pagar. Pior agora que estamos em crise financeira, nem pensar, não vamos fazer isso, se quiserem, nos retirem das competições”, desafiou.

 

No ramo das inscrições, a Black Bulls é o clube mais prejudicado, pois tem quatro jogadores nucleares não inscritos, portanto, sem competir devido à burocracia da AFCM, sendo dois deles titulares indiscutíveis da Selecção Nacional de sub-20, nomeadamente Geny e Maestro, ambos contratados ao Maxaquene este ano.

 

Estes pontos aqueceram a sala, com o representante da Black Bulls, Junaide Lalgy, a acusar o presidente da AFCM, Amílcar Jussub, de dirigir a agremiação de forma anti-desportiva e como que de uma coisa pessoal se tratasse.

 

Depois somos acusados de investir fora do país (em alusão à recente compra do Amora de Portugal) por causa de coisas como estas. Investimos num bom plantel para depois competir no segundo escalão, que é pouco competitivo e com poucas equipas. Por outro lado, temos jogadores de qualidade sem competir, por negligência da AFCM. Trata-se de jogadores úteis inclusive às selecções nacionais de base. Isso é anti-desportivíssimo e má-fé”, acusou.

 

Amílcar Jussub, por sua vez, respondeu, agarrando-se nos regulamentos das competições da AFCM. “Temos regras por cumprir em tudo que fazemos. Não tenho nada contra ninguém, até porque pessoalmente não conheço o representante da Black Bulls. Há que se cumprir com os regulamentos e temos de aceitar que há processos e etapas por fazer quando se entra numa determinada prova”, explicou.

 

No fim do encontro foi apresentada a nova bola oficial para o Campeonato da Cidade em seniores masculinos, que surge na sequência da parceria entre a AFCM e uma empresa de venda de equipamentos e materiais desportivos, que fez questão de oferecer cinco por cada clube que disputa aquela prova.

 
 
Fonte:Jornal Noticias